Padre Carlos Cabecinhas disse que vão refletir o santuário como «meta de peregrinação e de forte experiência de Igreja»
Fátima, 01 dez 2018 (Ecclesia) – O reitor do Santuário de Fátima afirmou hoje que “as aparições de Fátima são consolo que Deus oferece aos membros da sua Igreja peregrina”, na apresentação do tema ‘Dar Graças por peregrinar em Igreja’, do ano pastoral 2018-2019.
“O tema do ano pretende sublinhar que a experiência de ser Igreja é dinâmica: é uma peregrinação. A condição humana define-se como itinerância: todo o homem e mulher são peregrinos”, disse o padre Carlos Cabecinhas, esta tarde, no Centro Pastoral Paulo VI.
O reitor do santuário da Cova da Iria explicou que o ano pastoral 2018/2019, que começa este domingo, vai permitir “refletir sobre o sentido da peregrinação” e sobre “os traços mais característicos” da peregrinação a Fátima.
“Permitir-nos-á refletir sobre o Santuário como meta de peregrinação e lugar de forte experiência de Igreja, porque lugar de forte experiência do Deus que congrega a Igreja e reúne o seu povo”, desenvolveu.
Neste caminho da Igreja, realçou o sacerdote, as aparições de Fátima “são consolo que Deus oferece” aos membros da sua Igreja peregrina; “são auxílio para o caminho”.
O novo ano pastoral 2018/2019, que está a começar no santuário mariano, convida a “encarar” a mensagem de Fátima como “meio para conseguir uma maior consciência eclesial” e caminho eficaz para “fortalecer o sentido de pertença eclesial”, nomeadamente através da experiência comunitária da peregrinação.
Segundo o padre Carlos Cabecinhas, a mensagem de Fátima põe “em destaque” a consciência de se ser “povo de Deus” que exprimem no tema ‘Dar graças por peregrinar em Igreja’, que foi apresentado hoje.
“A consciência de ser Igreja experimenta-se, em Fátima, de muitos modos: na participação nas celebrações sacramentais; nas assembleias crentes; na união e comunhão com o Papa e na oração por ele”, exemplificou.
Em 2019, há dois centenários “especialmente relevantes” no Santuário de Fátima: 100 anos da construção da Capelinha das Aparições e da morte de São Francisco Marto.
O reitor adiantou que vão assinalar “condignamente” o centenário da morte de São Francisco Marto, “o pequeno contemplativo”, num ano onde desejam, também, “dar especial atenção aos jovens, que estão no centro da vida e das preocupações da Igreja”, e recordou o recente Sínodo dos Bispos e a Jornada Mundial da Juventude, de 22 a 27 de janeiro 2019, no Panamá, onde vai estar a Imagem Peregrina original de Nossa Senhora de Fátima.
Os 100 anos da construção da Capelinha das Aparições começaram a ser assinalados já hoje com a inauguração da exposição temporária ‘Capela Múndi’ e que pode ser visitada até 15 de outubro do próximo ano.
O bispo de Leiria-Fátima encerrou a sessão e lembrou que a Igreja é “peregrina na história” que “ainda não chegou à plenitude”, em permanente conversão, renovação, e com esperança “que Deus dá como dom”, rumo a uma “meta definitiva”.
“A peregrinação pode ser experiência bela e surpreendente de Deus. Uma experiência de interioridade profunda; Peregrinação é uma viagem porque há uma meta a alcançar”, disse o cardeal D. António Marto, alertando para a “cultura da exterioridade” e o “frenesim do tempo”.
A jornada de apresentação do tema do novo Ano Pastoral contou também com uma conferência do diácono Rui Ruivo e um breve recital, com o Coro do Santuário e a Schola Cantorum Pastorinhos de Fátima.
CB