Fátima tem de alargar a sua influência

Declarações do Presidente da CEP nas comemorações dos 90 anos das aparições na Cova da Iria O Santuário de Fátima” não pode ser apenas um recinto fechado, mas deve exercer a sua influência nas estruturas sociais, políticas e económicas através do testemunho” – disse à Agência ECCLESIA D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), nas comemorações dos 90 anos das aparições de Fátima. Durante estes dias, Fátima dominou as notícias relacionadas com o mundo eclesial. “Espero que Fátima chegue mais uma vez ao coração e, sobretudo, à inteligência das pessoas” – referiu As aparições de 1917 colocaram esta localidade no mapa do cristianismo. Por isso – defende o presidente da CEP – “Fátima deve ser como que um evangelho aberto e não pode ser apenas uma peregrinação onde se cumprem promessas, mas um local de interiorização para compreender, aqui e agora, o que Deus pretende de cada um e das diversas comunidades”. A mensagem de Fátima “desafia-nos”. Esta Sexta-feira será dedicada a Igreja da Santíssima Trindade. “Ninguém ignora que o auto-retrato que a Igreja fez dela própria no II Concílio do Vaticano, a imagem mais eloquente é que a Igreja nasce da Santíssima Trindade” e “orienta-se para a Santíssima Trindade”. Uma palavra proferida naquele altar do mundo tem “outro eco” – sublinha D. Jorge Ortiga. E acrescenta: “o resultado do acolhimento desta palavra não se pode medir por aquilo que se vê”. A Igreja da Santíssima Trindade é um espaço que “prima pela sua grandiosidade” e pelo “carácter arrojado da sua arquitectura” – defende o Arcebispo de Braga. O novo espaço tem a preocupação de servir os fieis, “particularmente na área da reconciliação e da adoração”. A aposta feita na arte é outro pormenor sublinhado pelo presidente da CEP. “Poderá ser discutível a opção pela arte moderna porque é muito figurativa”. Se no passado a Igreja evangelizava através da arte (muitos chamavam-lhe a bíblia dos pobres), hoje também se evangeliza dessa forma. “O santuário teve a preocupação de se abrir ao mundo inteiro no domínio da arte”. E avança: “mostra a actualidade do evangelho”. Com esta obra, a Igreja “mostra que está em diálogo com a cultura”. A nova igreja entrará nos roteiros de arquitectura e interpelará os “peregrinos através da arte” – concluiu D. Jorge Ortiga.

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