«Cada peça que está aqui representa uma vivência muito especial» – padre Carlos Cabecinhas
Fátima, 18 out 2022 (Ecclesia) – O Santuário de Fátima assinalou hoje a reabertura do seu Museu, fechado durante a pandemia, com uma visita guiada aos jornalistas pela exposição “Fátima Luz e Paz”, num espaço renovado.
“Cada peça que está aqui representa uma vivência muito especial, nós temos desde a coroa preciosa, a peça mais importante da exposição, mas também ofertas de movimentos, de dioceses, de países, temos algumas custódias, temos ofertas de Papas, e depois temos ofertas de pessoas anónimas, desde vestidos, bandeiras e estandartes”, referiu o reitor do Santuário, padre Carlos Cabecinhas.
Numa intervenção enviada à Agência ECCLESIA, o responsável destacou que cada peça “representa uma vivência muito especial”.
“O museu nasceu para preservar a memória, dos acontecimentos e protagonistas mas também a memória dos peregrinos, todos os que na história recente aqui acorreram e esta é uma das especificidades significativas do museu, que recolhe o testemunho e ofertas dos que aqui acorreram e que são conhecidos, são famosos, pessoas significativas ao nível mundial, como as ofertas do Papas que visitaram este local, mas também de pessoas anónimas”, indicou.
A visita aconteceu no Dia Nacional dos Bens Culturais da Igreja, celebrado anualmente a 18 de outubro.
O padre Carlos Cabecinhas referiu a importância da “preservação da identidade para respeitar e acolher, da melhor forma, os peregrinos que ali acorrem” com “seus sofrimentos e expectativas”.
“Eu diria que este museu ajuda a perceber por um lado o contexto inicial do acontecimento de Fátima mas também a receção do acontecimento, como foi percebido pelas pessoas e esta é a virtude maior da exposição, ajudar a perceber o significado do acontecimento mas também a forma como muitas pessoas o foram vivendo”, acrescentou.
Na visita guiada à exposição, o reitor do Santuário fez referência às muitas ofertas ali expostas.
“Temos um conjunto enorme de vivências que aqui se revelam nas ofertas feitas ao santuário e o respeito pela vivência de cada peregrino, que passa por preservar as ofertas, independentemente do valor comercial, porque aqui o que importa é o valor simbólico e o sentido dessa oferta”, precisou.
O diretor do Museu, Marco Daniel, acrescenta que desejam que esta exposição “continue a ser muito visitada” e destaca que “70% das pessoas que visitam o museu é para verem a coroa de Nossa Senhora”, entre outras peças de interesse.
“Houve algumas alterações na zona da coroa, para ser vista de todos os lados, acrescentámos mais valias na contextualização de alguns núcleos, a partir da documentação histórica e fotográfica, e recebemos peças novas para a exposição”, contou.
Das peças novas que Marco Daniel revelou integrarem a exposição, “umas já faziam parte do espólio do santuário e outras foram chegando”, como o caso do báculo de D. António Marto.
“Uma peça que chegou é o báculo de D. António Marto que, no final do seu mandato como bispo de Leiria-Fátima, ofereceu ao santuário de Fátima e que agora pode ser visto na exposição”, indica.
O espaço foi alvo de uma reformulação na distribuição e exposição das várias peças que integram a memória do Santuário e dos seus peregrinos, entre as quais se contam a Coroa preciosa de Nossa Senhora, as ofertas dos Papas e de peregrinos.
SN