Fátima: Santuário iniciou «plano de reestruturação interna» para reduzir custos fixos

Processo vai levar à diminuição de postos de trabalho que «não chegará à meia centena»

Foto Arlindo Homem/AE

Fátima, 02 set 2020 (Ecclesia) – O Santuário de Fátima iniciou um “plano de reestruturação interna” com o objetivo de reduzir os “custos fixos”, nomeadamente a diminuição de postos de trabalho, resultado de quebras da presença de grupos organizados no recinto “superiores a 95%”.

“No que respeita aos postos de trabalho, ele está na sua fase inicial, isto é, informou-se os trabalhadores da situação e deu-se-lhes a possibilidade de refletirem sobre a sua situação contratual de forma voluntária e por isso é prematuro falarmos em números concretos para a redução de postos de trabalho mas, no final do processo, não chegará à meia centena”, afirmou a porta-voz do Santuário de Fátima em declarações enviadas à Agência ECCLESIA.

Carmo Rodeia disse que o Santuário de Fátima tem “um conjunto de infraestruturas de apoio e acolhimento dos peregrinos que têm custos de exploração e que não são pequenos”, projetos culturais, como um simpósio anual, conferências e encontro da escola do Santuário, que este ano foi suspensa.

“A Basílica da Santíssima Trindade, por exemplo, onde atualmente fazemos todas as celebrações diárias da missa por questões de segurança, tem custos muito elevados desde a eletricidade, à limpeza sistemática… há outros espaços e serviços que o Santuário passou a disponibilizar aos peregrinos que também têm custos”, acrescenta.

A porta-voz do Santuário de Fátima lembrou os “constrangimentos” e a “crise económica” que a pandemia originou, nomeadamente no turismo, “com um impacto  muito significativo no fluxo de trabalho do santuário e na sua gestão económico-financeira”.

“Desde o inicio, verificou-se de imediato uma diminuição muito expressiva do número de peregrinos; entre o dia 13 de março e o dia 30 de maio o Santuário não teve peregrinos e desde o desconfinamento , retomando as celebrações com a presença física de peregrinos, a verdade é que tivemos nos meses de junho, julho e agosto quebras nos grupos organizados, sobretudo estrangeiros, superiores a 95%”, acrescentou.

O Santuário de Fátima acrescenta que “procurou preservar todos os postos de trabalho desde o inicio da pandemia sem recorrer a ajudas de Estado e honrando, por outro lado, todos os seus compromissos com fornecedores e, sobretudo, com os apoios sociais instituições , às famílias e às pessoas que nos procuram”.

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