Sofrimentos «não podem ser males absolutos», disse conferencista convidado
Fátima, Santarém, 13 fev 2012 (Ecclesia) – O Santuário de Fátima assinalou este sábado o Dia Mundial do Doente com momentos de oração, missa presidida pelo reitor e uma conferência sobre a espiritualidade da doença.
Na palestra dedicada à ocasião, o cónego Emanuel Matos Silva afirmou que cada pessoa precisa de “encarar de frente a sua condição”, refere uma nota de enviada à Agência ECCLESIA pela Sala de Imprensa do Santuário.
“Somos mortais por condição e, por isso, provisórios”, afirmou o sacerdote da diocese de Portalegre-Castelo Branco, destacando que “um modo especial de doença” consiste no confronto diário “com os limites da vida como o experimentam os doentes os que sofrem alguma incapacidade permanente, os idosos e os moribundos”.
Além das doenças físicas o padre Emanuel Silva falou das consequências das “esperanças traídas”, “feridas psicológicas”, “desemprego”, “falta de tempo para si mesmo e para a família”, “críticas injustas” e “afetos feridos”, bem como “do desprezo, da desconsideração, da inveja e da ambição, das burlas e das mentiras”.
“Numa existência em que o desafio é aprender a viver com os limites próprios da condição, a doença e o sofrimento podem ser a chave que abre diversas portas do nosso coração e do nosso ser”, frisou o reitor do Seminário Diocesano de Portalegre-Castelo Branco e responsável pelo Pré-Seminário.
Depois de salientar que Cristo mostra que os sofrimentos “não podem ser males absolutos”, “não têm mais poder que Deus” e “não são a vocação do homem”, o sacerdote assinalou que a Unção dos Doentes é um sacramento destinando àqueles que “sofrem uma provação e necessitam de sentir a força de Deus e a comunhão da Igreja”.
O programa alusivo ao Dia Mundial do Doente na Cova da Iria, diocese de Leiria-Fátima, contou com a participação de 300 pessoas, refere o site do Santuário, acrescentando que na missa presidida pelo reitor, padre Carlos Cabecinhas, foi celebrado o sacramento da Unção dos Doentes.
O Semanário Agência ECCLESIA dedica um dossier ao Dia Mundial do Doente, que a Igreja Católica evoca a 11 de fevereiro, data em que também faz memória da aparição da Virgem Maria em Lourdes, França.
SF/RJM