Fátima: Padre carmelita recorda «nervosismo» do primeiro retiro à Irmã Lúcia

Frei Joaquim Teixeira sublinha gestos de carinho e atenção da religiosa

Lisboa, 11 fev 2017 (Ecclesia) – O padre Joaquim Teixeira, da Ordem dos Carmelitas Descalço pregou o seu primeiro retiro a uma comunidade de carmelitas em Coimbra, meses após a ordenação sacerdotal, onde estava também a Irmã Lúcia.

O atual superior provincial da Ordem dos Carmelitas Descalços (OCD) recorda o “carinho” da Irmã Lúcia e a “preocupação” que manifestou ao jovem sacerdote diante do “nervosismo” que manifestava por ter de lhe pregar o retiro.

“O primeiro retiro que orientei a um Carmelo foi o de Coimbra, tinha meses de ordenação sacerdotal, e entre as pessoas que estavam em retiro, estava também a Irmã Lúcia. Podem imaginar um sacerdote recém-ordenado, ainda a tremer, a orientar um retiro a um Carmelo, onde estava a irmã Lúcia que é alguém muito especial”, recordou o padre Joaquim Teixeira.

“Ela percebeu naturalmente as minhas tensões, o meu nervosismo e, mesmo estando em retiro, fez questão de vir falar comigo e dizer ‘tenha calma, estou a gostar muito das suas partilhas, dos seus temas’”, acrescentou.

O superior provincial da OCD referiu também que a irmã Lúcia sempre “gostava de convidar os carmelitas para o seu aniversário”, ocasião em que privavam com ela “mais em família”.

“Recordo com muito carinho as atenções que tinha comigo”, disse o padre Joaquim Teixeira.

A Diocese de Coimbra e a vice-postulação da Causa de Canonização da Irmã Lúcia (1907-2005) vão promover esta segunda-feira a sessão de clausura do inquérito diocesano, que exigiu a análise de milhares de cartas e escritos.

Esta fase do processo de canonização da vidente de Fátima reúne todos os escritos da Irmã Lúcia, os depoimentos das testemunhas ouvidas acerca da sua fama de santidade e das suas virtudes heroicas, passando agora para a competência direta da Santa Sé e do Papa.

LFS/PR

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