Fátima: «Nenhuma guerra é santa», diz D. António Marto

Bispo recorda crises na Ucrânia, Síria e Iraque

Fátima, Santarém, 08 set 2014 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima apelou este domingo à oração dos peregrinos pela paz, em particular na Ucrânia, Síria e Iraque, e disse que “nenhuma guerra é santa”.

“Não se pode fazer guerra em nome de Deus”, disse D. António Marto, no final da missa a que presidiu no Santuário de Fátima.

O responsável recordou o encontro internacional ‘A paz é o futuro’, que decorre até terça-feira em Antuérpia, na Bélgica, promovido pela Comunidade de Santo Egídio e no qual participam 300 líderes religiosos.

O bispo de Leiria-Fátima pediu aos peregrinos presentes no Recinto de Oração para individualmente, em silêncio, apresentarem, naquele momento, a Nossa Senhora, “rainha da paz”, uma oração pela paz na Ucrânia, no Iraque e na Síria.

Na sua reflexão, o também é vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, reafirmou o apelo à “renovação da vida cristã”, a nível pessoal, familiar e comunitário, por meio de três regras de ouro: o “diálogo fraterno”, a “oração” e a “reconciliação”.

“A grande lei da vida cristã é o amor fraterno, que convida a lançarmos o olhar de amor para este nosso mundo, para tornarmos este mundo mais fraterno”, afirmou o bispo, citado pela Sala de Imprensa do Santuário de Fátima.

O responsável falou num mundo em crise por causa de “uma cultura dominada pelo individualismo, pela indiferença, pelo vazio de valores, pelo individualismo”.

“Sabeis que isso provoca a deterioração das relações entre as pessoas e entre os povos, o distanciamento de uns em relação aos outros”, observou.

A celebração dominical contou com a celebração de 28 grupos vindos de Portugal, Alemanha, Irlanda e Itália e um grupo com caráter internacional, destacando-se as 11 mil pessoas que integraram a peregrinação do movimento católico dos ‘Convívios Fraternos’.

SISF/OC

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