Encontro assinalou 150 anos dos Missionários Espiritanos em Portugal e os 80 anos da LIAM
Fátima, 03 jul 2017 (Ecclesia) – A Família Espiritana celebrou os 150 anos de presença em Portugal da Congregação dos Missionários do Espírito Santo (Espiritanos) e 80 anos da LIAM – Liga Intensificadora de Ação Missionária com uma peregrinação “especialíssima” ao Santuário de Fátima.
“É preciso perceber que quando ainda quase ninguém acreditava em Fátima, os Espiritanos perceberam a força espiritual deste lugar e desta mensagem”, disse o provincial dos Missionários Espiritanos à Agência ECCLESIA.
O padre Tony Neves explicou que, como desafios vividos pelos missionários, e partilhados com toda a família, se procura, sobretudo, “reavaliar uma missão” que hoje coloca “algumas questões”.
“Somos menos e mais velhos, em termos de Espiritanos professos (religiosos), mas cada vez mais numerosos e intervenientes no que diz respeito ao laicado que de alguma forma partilha a espiritualidade e missão da família”, desenvolveu, na esplanada de oração do Santuário de Fátima.
O padre Tony Neves destacou “uma série de dinâmicas” desenvolvidas pela congregação com os leigos, como os Jovens Sem Fronteiras, que estão a celebrar 35 anos, e o voluntariado missionário com jovens que “vão todos os anos para uma linha da frente da missão”.
“Temos de dar testemunho muito grande de consagração, compromisso e de missão e ajudar muitas outras pessoas que, na sua condição de batizados, enquanto leigos, também sentem esta vontade e vocação de partir e fazer missão cá dentro”, comentou o provincial dos Missionários Espiritanos.
Para presidir à 37.ª Peregrinação da Família Espiritana foi convidado o arcebispo do Lubango, dado que a Congregação do Espírito Santo chegou a Portugal há 150 anos para que os seus missionários pudessem ir evangelizar para Angola.
“Era um prelúdio daquilo que hoje é a presença e importância que Angola tem para Portugal e que Portugal tem para Angola”, disse D. Gabriel Mbilingi à Agência ECCLESIA.
O arcebispo e religioso espiritano observou que Deus “se serve dos meios, das pessoas, dos acontecimentos, dos tempos” para, de facto, “alargar” a mensagem da Boa Nova a todos os povos.
Segundo o atual presidente do Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagáscar, o que “deve caracterizar” os Espiritanos é estar “sempre” abertos ao Espírito para descobrirem “os gritos, os apelos, das pessoas mais necessitadas”.
O superior-geral dos Missionários do Espírito Santo também esteve em Fátima.
“É um momento muito grande para a província que deu um maravilho contributo para a congregação, para a evangelização em especial em África, Angola, e em muito outros locais”, disse o padre John Fogarty.
“Em Portugal os desafios são as novas periferias, as novas formas de pobreza”, acrescentou o sacerdote irlandês.
A 37.ª peregrinação da Família Espiritana ao Santuário de Fátima, nos dias 1 e 2 de julho, teve como tema ‘Com Maria na esperança e na alegria’.
PR/CB/OC