Superior provincial da congregação diz que os desafios «são muitos», particularmente em nações marcadas pela instabilidade
Fátima, Santarém, 08 jul 2013 (Ecclesia) – Milhares de padres, religiosos, seminaristas, antigos seminaristas, professores, voluntários e membros de fraternidades ligados aos Missionários do Espírito Santo participaram entre sábado e domingo numa peregrinação ao Santuário de Fátima.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, o superior provincial da congregação, padre Tony Neves, destaca a importância da iniciativa para a valorização e potenciação do trabalho realizado ao longo do ano.
“Há sempre gente que está de passagem, missionários e missionárias que estão lá fora e que de momento estão de férias e por isso partilham a riqueza das suas experiências, há também jovens que se preparam para fazer missão e falam das suas expetativas”, explica o sacerdote.
A 33.ª peregrinação da Família Espiritana teve como tema “Com Maria, mais e melhor missão” e permitiu assinalar os 75 anos da LIAM – Liga Intensificadora da Ação Missionária.
De acordo com o padre Tony Neves, hoje os desafios da Missão “são muitos”, particularmente em nações marcadas pela instabilidade social, política e económica.
Na República Centro Africana, país onde o governo foi recentemente deposto através de um golpe de Estado, “um padre que trabalha em Portugal” com os espiritanos ficou retido na capital Bangui, devido ao clima de violência que domina a região.
Noutros países, como Nigéria e Guiné-Bissau, a preocupação da Família Espiritana está centrada respetivamente na pacificação das “relações entre cristãos e fundamentalistas islâmicos” e no combate à “pobreza”, que “continua a dizimar muita gente”.
“Depois há todos aqueles contextos onde o Evangelho faz falta mas as pessoas não estão a aderir tanto assim”, acrescenta o padre Tony Neves.
Para aquele responsável, é preciso apostar, sobretudo neste Ano da Fé, num “anúncio credível e solidário” de Cristo que é “libertador de tudo aquilo que oprime”.
MD/JCP