Responsável geral sublinha presença crescente na Semana de Espiritualidade
Fátima, 30 jul 2018 (Ecclesia) – A Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima promoveu a sua Semana de Espiritualidade, este ano dedicada ao tema ‘acolher o dom’ e com vários motivos de celebração e adesão dos leigos, em Fátima.
Em declarações à Agência ECCLESIA, a superiora-geral das Servas de Nossa Senhora de Fátima (SNSF) explicou que as Semanas de Espiritualidade se caraterizam pela reunião das irmãs e dos leigos, que têm “vindo a aceitar viver este carisma de Luísa Andaluz”.
“Achei muito interessante, tivemos mais de 100 pessoas e as irmãs diziam que havia mais leigos do que religiosas”, explicou a irmã Lucília Gaspar, este domingo, num balanço positivo à margem do encontro.
A 3.ª Semana de Espiritualidade da Família Andaluz realizou-se, entre 27 e 29 de julho, dez anos depois da primeira edição.
“Este grupo da Família Andaluz – leigos tem vindo a implementar-se progressivamente e o ano passado viu reconhecidos os estatutos como associação leiga de fiéis. Pareceu oportuno que na primeira ocasião fizéssemos um encontro de formação”, contextualizou a irmã Lucília Gaspar, na Casa de Nossa Senhora do Carmo.
Após a provação dos estatutos, segundo a superiora-geral das SNSF, os leigos têm “em sete países, mais de 100 pessoas com compromissos feitos”, que são assumidos depois de um “itinerário formativo de dois anos”, com o compromisso de viver esta espiritualidade “nos seus locais de trabalho, na família, na vida normal, no estado normal que têm – solteiros, casados, viúvos, divorciados”.
“Não é mais do que a consciência clara dos valores do batismo e dos compromissos que o batismo supõe realizarmos na Igreja e na humanidade”, observou.
A irmã Lucília Gaspar explicou que o tema ‘Acolher o dom’, em2 018, faz referência ao capítulo geral que a congregação viveu há três anos, associado ao reconhecimento das “virtudes heroicas da fundadora”.
Ao longo dos três dias, o programa proporcionou que religiosas e leigos conhecessem mais Luísa Andaluz, a família que são com uma espiritualidade própria e foram incentivados à missão.
O padre espanhol Eloy Bueno de La Fuentefalou sobre a ‘dimensão sacerdotal da mensagem de Fátima’ e o padre carmelita Joaquim Teixeira falou sobre ‘Luísa Andaluz e a espiritualidade de Santa Teresa d’Ávila’.
“É uma descoberta e estamos a crescer. Pelo facto de os leigos virem há menos tempo é importante que percebam o que são chamados a viver, a espiritualidade da nossa madre fundadora”, desenvolveu a irmã Lucília Gaspar.
Os participantes assistiram também a painéis onde jovens de outras congregações partilharam as suas atividades, num “sentido da complementaridade dos carismas nas Igreja”, testemunhos de acolhimento noutros países e de missão, como a promovida pelos Leigos para o Desenvolvimento.
No contexto da pastoral da juventude e vocações, a superiora-geral das Servas de Nossa Senhora de Fátima adianta que em Portugal “tem sido mais complicado”, pelo envelhecimento da população e das religiosas.
As Servas de Nossa Senhora de Fátima dedicam-se ao trabalho em centros paroquiais, jardins-de-infância, lares assistenciais e hospitais, escolas públicas, no Santuário de Fátima e a congregação está atualmente presente em Portugal, Bélgica, Luxemburgo, Brasil, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique.
CB/OC