Fátima: Esperança contra pessimismo reinante

D. António Marto deixa apelos na conclusão de simpósio teológico-pastoral

Fátima, Santarém, 17 jun 2012 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima apelou hoje a uma atitude positiva e de esperança perante as dificuldades atuais, falando a milhares de peregrinos reunidos no santuário da Cova da Iria.

“Vivemos num tempo de crise, propenso ao pessimismo, somos atordoados por uma crueldade de notícias sobre o mal, a violência, que criam um sentimento de mal-estar e de impotência perante o poder avassalador do mal”, referiu D. António Marto, na homilia da missa a que presidiu na igreja da Santíssima Trindade.

O prelado falava também aos participantes no simpósio teológico-pastoral que decorreu em Fátima, desde sexta-feira, iniciativa inserida no âmbito da caminhada para a comemoração do Centenário das Aparições.

“O Senhor convida-nos a semear pequenas sementes de uma nova humanidade”, apelou o bispo de Leiria-Fátima, apontando alguns exemplos de atitudes conforme esse convite de Deus: “Gestos de amizade, para quem está desesperado, um sorriso acolhedor para quem está só, um sinal de afeto e de proximidade para quem está angustiado, uma partilha com quem está carenciado”.

O simpósio ‘Quereis oferecer-vos a Deus? Horizontes contemporâneos da entrega de si’ reuniu cerca de meio milhar de participantes.

Segundo D. António Marto, “Deus não se apresenta sob formas espetaculares, sensacionalistas, portentosas, segue o caminho dos humildes, com realidades e pessoas que parecem insignificantes mas que podem fazer grandes coisas”.

“Os cristãos são convidados à dádiva de si, à entrega de si, para colaborem com Deus na redenção”, acrescentou o prelado, citado pela Sala de Imprensa do Santuário de Fátima.

Nas conclusões do simpósio, enviadas à Agência ECCLESIA, os promotores do evento sublinham que os trabalhos começaram por “contextualizar a temática no contexto atual da cultura secularista, com uma visão muito crítica das idolatrias que assolam o mundo moderno”.

“Este tom muito crítico da cultura contemporânea poderia ter sido mais contrabalançado com o esforço de detetar nessa nossa cultura os sinais de esperança e de busca, que nos chegam mesmo de forma inesperada”, acrescenta o documento.

A temática da ‘entrega de si’ foi abordada através das categorias de “vulnerabilidade”, “dom” e de “uma visão positiva do sacrifício”.

“Há que preferir o vocabulário do dom, ainda que seja um grande apelo à liberdade e à responsabilidade. Neste sentido considerou que a bondade/felicidade é um outro nome hoje para a salvação”, assinala a nota oficial.

OC

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