Bispo eleito de Bragança-Miranda indicou exemplo de Maria que «se colocou a caminho» para transformar solidão em «gestos de comunhão»



Fátima, 13 jun 2023 (Ecclesia) – D. Nuno Almeida pediu hoje que as famílias procurem viver em “unidade” e “comunhão” e indicou o exemplo de Maria que “se pôs a caminho” procurando “transformar solidões egocêntricas em gestos de comunhão”.
“Deixamos de ter vida se não nos levantarmos e pusermos a caminho constantemente, independentemente de sermos corredores de alta competição ou de estarmos fisicamente limitados pelas mais diversas razões. A vida é um contínuo levantar-se e pôr-se a caminho. O levantar-se de Maria é um convite a transformar solidões egocêntricas em gestos de comunhão”, explicou o D. Nuno Almeida durante a Eucaristia, na Cova da Iria.
O novo bispo de Bragança-Miranda preside à peregrinação internacional aniversária de junho, no Santuário de Fátima.
O responsável quis ter presentes os “desgostos e sofrimentos das famílias”, marcadas pela “doença, dificuldades económicas, uma dívida, uma injustiça, algum rancor, uma desgraça, um fracasso na educação dos filhos, algum desgaste nos relacionamentos” e indicar a forma como “Maria, José e Jesus enfrentaram as adversidades e as provações”.
“É assim que se enfrentam as provas da vida: em unidade, em comunhão. Sozinhos surge a angústia. Em conjunto, ajudamo-nos, encorajamo-nos uns aos outros, reencontra-se a confiança”, indicou.
D. Nuno Almeida sublinhou o lugar central que a família desempenha no crescimento humano e reconheceu que a pessoa torna-se no que recebe: “A nossa humanidade é forjada por uma família, com as suas riquezas e as suas pobrezas”.
“Há hoje a tentativa de basear o casamento e a vida familiar somente no amor individualista e romântico. Temos consciência de que só o amor fiel, indissolúvel, fruto de decisão livre e que se torna num amor fecundo pode ser fundamento seguro do matrimónio e, consequentemente, da família: aquele amor que Jesus, com gestos e palavras, ensina a pôr em prática”, indicou.
O bispo eleito de Bragança-Miranda sugeriu aos peregrinos na celebração da peregrinação internacional aniversaria considerarem “o estilo de habitar, as escolhas, os sonhos e sofrimentos”.
“À luz da Palavra de Deus, faz-nos bem observar como é a nossa morada, ou o nosso lar e considerar o estilo do nosso habitar, as escolhas que ali fizemos, os sonhos que cultivamos, os sofrimentos que vivemos, as lutas que enfrentamos e as esperanças que alimentamos”, sugeriu.
LS
Fátima: D. Nuno Almeida apela a nova «cultura do serviço» e aponta à JMJ