Renato Coelho, intérpretes de linguagem gestual do recinto, destaca uma iniciativa que ajuda estas pessoas «a se sentirem aconchegadas pela Igreja»
Fátima, 19 set 2017 (Ecclesia) – A 3.ª peregrinação da comunidade surda ao Santuário de Fátima contou com cerca de 100 participantes vindos “de norte a sul” do país e permitiu reforçar a proximidade da Igreja Católica a estas pessoas com necessidades especiais.
A iniciativa contou com o envolvimento do Grupo de Intérpretes de Língua gestual portuguesa do Santuário, e das Irmãs da Aliança de Santa Maria.
“Explicar-lhes o valor da oração ou da participação na Eucaristia é importante para que eles vivam a sua fé de uma forma mais esclarecida e com estas catequeses que são dadas de forma simples, numa linguagem que eles percebam, é também uma forma deles se sentirem aconchegados pela igreja”, salienta Renato Coelho, um dos intérpretes de linguagem gestual ao serviço do Santuário.
Desde 2013 que o local de culto situado na Cova da Iria tem vindo a apostar em missas e outras celebrações religiosas em linguagem gestual, através da colaboração de uma equipa de intérpretes composta por 12 elementos.
O Santuário de Fátima recorda por exemplo a interpretação de todas as eucaristias que foram presididas pelo Papa Francisco no recinto, em maio deste ano, através de ecrãs distribuídos por todo o espaço e também por intermédio de uma plataforma online.
Todos os domingos, a missa das 15h00, na Basílica da Santíssima Trindade, pode ser acompanhada em linguagem gestual.
As peregrinações da comunidade surda a Fátima começaram em 2015, com algumas dezenas de participantes, e têm vindo a ter presença reforçada ao longo dos anos.
Para Renato Coelho, esta “é também uma forma de a assiduidade e a adesão da comunidade a este serviço do santuário”.
O programa da peregrinação deste domingo incluiu uma “atividade lúdico-formativa sobre a Mensagem de Fátima”, um “almoço partilhado” e um momento de “saudação” especial a Maria, na Capelinha das Aparições.
JCP