Fátima: A visitação de Maria a Isabel é “um ícone da Igreja em saída” – D. António Marto

Cardeal português presidiu à Missa da festa de Natal dos funcionários e colaboradores do Santuário de Fátima

Foto – DR

Fátima, 20 Dez 2021 (Ecclesia) – O Bispo de Leiria-Fátima disse, este domingo, na homilia da festa de Natal dos funcionários e colaboradores do Santuário de Fátima que a visitação de Maria a Isabel é “um ícone da Igreja em saída” que deve servir de modelo a todos os cristãos, sobretudo num tempo em que “há medo do encontro e de acolher o próximo”.

“Maria e Isabel exortam-nos a sermos homens e mulheres do encontro, da visita, do acolhimento, do diálogo, da saudação, da amizade, da amabilidade”, realçou D. António Marto na Basílica da Santíssima Trindade.

A partir da liturgia proclamada no IV Domingo do Advento – a visitação de Maria à sua prima Isabel -, D. António Marto lembrou que após ter recebido a graça e a missão de ser a mãe do Verbo encarnado, Maria não guardou para si esse dom como segredo do coração, saiu de sua casa, pôs-se a caminho, sem demora, com prontidão, apressadamente, a visitar a sua parente Isabel que precisava de ajuda e, por isso, “cumpriu um gesto de amor, da caridade, de serviço concreto, levando Jesus que trazia no ventre”.

“Não se trata de um mero gesto de cortesia, banal, mas de um encontro de fé e partilha de vida”, afirmou.

No encontro entre Maria e Isabel pode-se ver “a imagem de como o Evangelho deve ser anunciado, o ícone da Igreja em missão, em saída (…) chamada a levantar-se e a dirigir-se sem demora às periferias deste mundo para anunciar Jesus Cristo vivo, ressuscitado, e o Evangelho do seu amor que salva”, sublinhou.

“Uma Igreja de braços abertos para acolher a todos, sem exclusão; que sai das suas portas para buscar, com o seu sorriso de mãe, os afastados ao encontro com a misericórdia do Senhor. Não uma Igreja fachada, como fortaleza ou castelo amuralhado”, afirmou.

Para D. António Marto esta é a urgência dos tempos atuais porque “os nossos dias estão cada vez mais marcados pelo medo do encontro, pelo medo de nos aproximarmos, pelo medo de acolher o próximo, pela pressa em criar barreiras de defesa, em levantar muros divisórios da solidão e separação até aos muros da indiferença e da desconfiança”.

Nesta celebração fez-se também a bênção das grávidas, para quem “este Natal se reveste de uma ternura e de um encanto particular”.

Neste tempo de Natal, o Santuário tem preparado um programa celebrativo para as noites de 24 e 31 e dias 25 e 1, durante o qual as ofertas entregues reverterão a favor da obra social das Criaditas dos Pobres.

LFS

 

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