Religiosa sublinha «proximidade» com a mensagem transmitida na Cova da Iria
Lisboa, 01 abr 2017 (Ecclesia) – A Igreja Católica na Ucrânia está a viver até outubro um ‘Ano de Fátima’, no Centenário das Aparições, uma mensagem que as comunidades sentem de forma particular.
“Sentimos Maria como muito próxima, que pensa na nossa terra”, disse à Agência ECCLESIA a irmã Luiza Ciupa, que integra uma comunidade salesiana na Ucrânia, recordando especialmente a mensagem ligada à conversão da Rússia.
O Centenário das Aparições é uma data “muito importante” para os ucranianos, como assinala a religiosa.
“Assim como em 1917 houve uma revolução, após a qual o nosso país começou a fazer parte da União Soviética – não havia vida com Deus, as igrejas estavam fechadas -, hoje vivemos esta situação de guerra com a Rússia”, precisa.
Ao longo do ano decorrem várias iniciativas de oração nos santuários dedicados a Nossa Senhora de Fátima, que acolhem peregrinações dos católicos ucranianos.
“Para nós é muito importante rezar, dirigirmo-nos a Maria, pela conversão deste país e também por nós, nestes momentos difíceis”, afirma a irmã Luiza Ciupa.
Em outubro de 2016, o arcebispo greco-católico de Kiev, D. Sviatoslav Shevchuk, recordou em Lisboa que a mensagem da Cova da Iria é vista pela Igreja de Leste como uma “profecia”.
O responsável falava na abertura de um encontro de bispos católicos de rito oriental, reunidos no Centro Paroquial dos Jerónimos, numa iniciativa promovida pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa.
D. Sviatoslav Shevchuk ofereceu simbolicamente ao cardeal-patriarca de Lisboa o ícone de Nossa Senhora de Fátima, que nasceu em Donetsk, uma cidade “ocupada”, onde as pessoas “morreram de fome”.
PR/OC