Famílias desafiadas a escutar e anunciar a Palavra de Deus

As famílias cristãs do arciprestado de Vila Nova de Famalicão, que ontem estiveram na peregrinação ao santuário de Nossa Senhora do Carmo, em Lemenhe, ouviram da boca do Arcebispo de Braga a exortação de «escutar e anunciar a Palavra de Deus». D. Jorge Ortiga não se cansou de animar e desafiar as famílias a um contacto mais próximo com a Bíblia, seja para reflexão pessoal, seja para a poder anunciar ao mundo. E não hesitou em defender que «a estabilidade da família depende da Palavra de Deus». «Pelo menos um dia por semana, uns momentos, deixai espaço para que a família se encontre e, acima de tudo, para que reflicta e medite a Palavra», pediu o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) aos milhares de devotos que encheram o recinto junto ao santuário mariano famalicense. A Palavra que é escutada pelos cristãos deve, depois, ser anunciada ao mundo e, também aqui, D. Jorge Ortiga não se rogou em apelos aos famalicenses. «Temos a responsabilidade de levar a Palavra de Deus ao mundo e de ser fermento que leveda toda a massa», disse. Na homilia, o prelado assinalou a ligação do novo triénio pastoral dedicado à Palavra de Deus com o que terminou dedicado à família. Aliás, a própria peregrinação tinha essa intenção de celebrar o encerramento de um triénio e assinalar o arranque de um novo. A partir da liturgia da Palavra, o Arcebispo Primaz defendeu que é necessário estar atento e «ter cuidado para defender e acolher a Palavra de Deus, tendo em conta os muitos inimigos que pretendem fazer destruir os seus frutos». Para o Bispo, natural de Famalicão, «a família cristã é sufocada por uma grande quantidade de barulho dentro da própria casa», especialmente por causa da televisão. D. Jorge Ortiga apontou que «são conhecidas as dificuldades da família», mas «a Palavra de Deus é sempre um apelo à esperança», mesmo no meio das contrariedades. José Manuel Oliveira, juiz da Confraria de Nossa Senhora do Carmo, que tem mais de 3 mil irmãos inscritos, revelou que a confraria está apostada em obras de recuperação e melhoramento dos espaços físicos do santuário. Já renovou muros, ajardinou alguns espaços, colocou uma imagem da Senhora do Carmo, com mais de dois metros de altura, no largo junto do santuário e uma cruz na torre do mesmo. O piso foi endireitado, especialmente a calçada portuguesa. Existe, ainda, o projecto para revitalizar e recuperar o parque de merendas anexo ao santuário. Esse projecto, segundo garantia do edil famalicense, Armindo Costa, ao juiz da confraria, está aprovado e será executado ainda este ano.

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