Família: Vaticano apresenta Sínodo 2014

Documento preparatório, questionário e instrumento de trabalho antecederam início do debate entre bispos, peritos e convidados

Lisboa, 01 out 2014 (Ecclesia) – O Vaticano vai promover hoje uma conferência de imprensa sobre a próxima assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos, convocado pelo Papa para debater os ‘desafios pastorais da família no contexto da evangelização’.

O caminho para o Sínodo 2014, um organismo consultivo, começou com a escolha do tema e da data do encontro, por parte do Papa Francisco, seguindo-se a publicação de um documento preparatório (‘lineamenta’), acompanhado por um questionário enviado pela Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos a cada Conferência Episcopal, que o distribuiu às dioceses.

Este documento foi então debatido por organismos episcopais e diversas instituições eclesiais, que enviaram as suas propostas à Santa Sé.

Após esta fase, foi redigido um instrumento de trabalho ('instrumentum laboris') para a assembleia sinodal propriamente dita, com a síntese das respostas aos ‘lineamenta’, vindas dos vários episcopados, da Cúria Romana e da União dos Superiores Gerais dos institutos de religiosos e religiosas.

Antes dos trabalhos da assembleia extraordinária, que dura duas semanas (5 a 19 de outubro de 2014), em vez das habituais três, vai ser ainda apresentado um relatório prévio (‘relatio ante disceptationem’).

Entre os participantes estarão os presidentes das Conferências Episcopais e dos dicastérios da Cúria Romana, bem como cardeais, bispos e padres selecionados pelo Papa, que aprovou ainda a escolha de peritos (‘adiutores secretarii specialis’) e ouvintes (‘auditores’), entre eles 14 casais de vários países.

A conferência de imprensa desta sexta-feira vai contar com a presença do cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário-geral do Sínodo.

O Sínodo dos Bispos pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia consultiva de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo, a que se juntam peritos e outros convidados, com a tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja.

Até hoje houve 13 assembleias gerais ordinárias e duas extraordinárias: a primeira em outubro de 1969, para debater a cooperação entre a Santa Sé e as Conferências Episcopais, e a segunda em 1985, pelo 20.º aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II.

OC

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