Angra do Heroísmo, Açores, 27 jun 2014 (Ecclesia) – O padre José Medeiros Constância, coordenador do serviço de Pastoral Familiar da Diocese de Angra, espera que o próximo Sínodo dos Bispos ajude a Igreja Católica a atender com “clareza inequívoca” aos desafios das famílias.
Numa entrevista publicada pelo gabinete diocesano de comunicação, o sacerdote sublinha a importância de uma estratégia “mais organizada e atenta” à realidade das pessoas, “aos problemas concretos” de cada um.
Chama ainda a atenção para a urgência de tratar as famílias “como sujeitos e não como objetos da pastoral familiar”.
“A Igreja, ainda que funcione como mãe que a todos acolhe, não pode tratar de forma igual o que é diferente e por isso tem de fazer um esforço para partindo do conhecimento real, revelar uma maior abertura, dando respostas precisas”, reforçou aquele responsável.
O padre José Medeiros Constância considera que a “revisão da encíclica Humanae Vitae”, escrita pelo Papa Paulo VI em 1968, pode ser um meio fundamental para a atualização das “orientações pastorais” que dizem respeito ao trabalho pastoral juntos das famílias.
Atualizá-las e depois torna-las “acessíveis a todos”, completa o sacerdote.
O documento de trabalho (instrumentum laboris) da próxima assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos, marcada para outubro, foi apresentado esta quinta-feira no Vaticano.
Entre outras matérias, o texto dá ênfase a problemáticas como as da “contraceção”, da falta de “abertura à vida” que carateriza hoje muitas famílias, e da crise “cultural, social e espiritual” que atinge a sociedade.
A terceira assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos vai decorrer no Vaticano entre os dias 5 e 19 de outubro, com a participação de mais de 180 pessoas, entre presidentes de conferências episcopais, religiosos, responsáveis da Santa Sé, peritos e outros convidados.
Antes disso, a Santa Sé vai promover uma jornada de oração pelo Sínodo a 28 de setembro.
GIDA/JCP/OC