«Fábrica dos Santos» não abrandou

A beatificação de 498 fiéis espanhóis no passado Domingo, a maior da história da Igreja, foi, provavelmente, o momento mais mediático do trabalho levado a cabo pela Congregação para as Causas dos Santos (CPCS) desde o início do pontificado de Bento XVI. Logo após a eleição de Joseph Ratzinger começaram as especulações em torno de um abrandamento da “fábrica de Santos” do Vaticano. E logo de início, Bento XVI promoveu algumas mudanças: ao contrário do que acontecia no pontificado de João Paulo II (que beatificou 1338 fiéis e canonizou 482), a aprovação dos decretos não acontece num “Consistório público”, mas num encontro privado com o Cardeal português. O Papa delegou a presidência dos ritos de Beatificação (quase sempre no português D. José Saraiva Martins) e a Congregação para as Causas dos Santos publicou, pouco depois do início do pontificado, uma comunicação sobre os novos procedimentos nos ritos de beatificação que reflecte as mudanças acontecidas, neste âmbito, centrando as cerimónias de beatificação no âmbito diocesano. Estas alterações, contudo, não resultaram num abrandamento: desde o início do pontificado foram beatificados 538 fiéis e há 18 novos Santos. Neste período, o Papa já autorizou a promulgação de decretos de mais de 600 novos Santos e Beatos. Já há cerimónias programadas para 2008, ano em que serão beatificados 188 mártires japoneses do século XVII, padres, religiosas e leigos.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top