Exposição «Viver para os outros» nas montras do comércio

Histórias de quem se dedica totalmente aos outros, como no Bairro 6 de Maio A exposição “Viver para os outros”, que apresenta um conjunto de histórias de dedicação aos outros, vividas em condições muito difíceis e em diferentes pontos do mundo pelas Irmãs Missionárias Dominicanas do Rosário vai ser apresentada esta terça-feira, dia 27, às 18h00, na Loja Viva da Avenida da Igreja, nº 10 B, Lisboa. Trata-se de uma exposição de histórias profundamente humanas, que agora se dão a conhecer aos habitantes das grandes cidades, sensibilizando-os para as causas humanitárias. Trata-se de uma exposição que não está fechada em salas, mas antes que intervém na vida de todos os dias, através das montras de uma cadeia de lojas em locais de intenso tráfego. Resume experiências e vivências das Irmãs Dominicanas do Rosário que, espalhadas um pouco por todo o mundo, se dedicam a proporcionar uma vida melhor a muitas das pessoas vítimas de exclusão. As mais de duas dezenas de histórias que aqui se contam na primeira pessoa vão desde Lisboa a Macau, passando pelas Filipinas ou por Moçambique, entre muitos mais países, acompanhadas de fotografias. Em cada loja será possível encontrar dois a três relatos de solidariedade de quem consagra a sua existência a ajudar os mais necessitados. A exposição reflecte exemplos de solidariedade e de responsabilidade social, que constituem uma referência de atenção e partilha para com os que mais precisam, e alerta quem passa para as necessidades humanitárias do nosso mundo. Com o apoio de Roberto Carneiro, o evento conta também com a participação do director-geral da APEME, Carlos Liz, da Irmã Deolinda Rodrigues, Superiora das Missionárias Dominicanas do Rosário, bem como de Fernanda Canário, anfitriã das Lojas Viva e de Carlos Morais, da empresa 37Design, representantes de duas das empresas que apoiam este projecto de responsabilidade social. “Um passo para o outro lado” Entre os projectos das Irmãs Missionárias Dominicanas do Rosário revelados na exposição “Viver para os outros”, assume particular relevo o do Centro Social do Bairro 6 de Maio, nas Portas de Benfica. O projecto visa responder às necessidades, motivações e anseios das diferentes faixas etárias representadas nas comunidades residentes no bairro de intervenção, e desenvolve acções de Educação por Valências – Creche, Pré-Escolar, Actividades de Tempos Livres – e um amplo Projecto de Acção Comunitária. A edição do livro “Do Outro Lado da Linha” foi oferecida, generosa e totalmente, pelos autores, doadores e colaboradores da obra para o financiamento das Bolsas de Estudo “Um Passo Para o Outro lado”, um instrumento fundamental de apoio à formação de nível cultural e técnico da população do Bairro 6 de Maio. Graças ao trabalho, dedicação, voluntariado e dinheiro angariado pelos envolvidos, a obra foi editada a custo zero. O objectivo do projecto da exposição cruza-se a cem por cento com o dos promotores da publicação do livro, que é, precisamente, o de dar a conhecer o “lado positivo” desta população. Daí que o livro esteja presente na exposição “Viver para os outros”. As Irmãs vão aplicar e destinar todos os ganhos que se venham a conseguir com a venda do livro em dois projectos destinados, directa e totalmente, à população. As Bolsas de Estudo são um deles. O livro de fotografias de Rosa Reis, com design de Henrique Cayatte e textos de diversos escritores, custa 25,00€ e vai ser vendido nas Lojas Viva durante a exposição, para além de se encontrar nas Livrarias do Diário de Notícias, na Livraria Almedina, nos Hipermercados Continente e no Centro Social do Bairro 6 de Maio. A Congregação Fundada em 1918, no Perú, e com comunidades na América do Sul, Europa, África e Ásia, a congregação das Irmãs Missionárias Dominicanas do Rosário está em Portugal há várias décadas, com o objectivo de estar onde mais necessitam da sua ajuda. A comunidade promove melhores condições de vida, ajuda ao desenvolvimento de novas oportunidades, defende os direitos humanos, e proporciona educação e saúde, entre outros aspectos relevantes da vida humana. A fidelidade a estes objectivos leva as Irmãs Dominicanas a viver em situações por vezes muito difíceis, com perigo para a própria vida. Muitas têm sido as Irmãs da Congregação que, em ambiente de guerra, têm sofrido a prisão, a tortura, o isolamento ou a fome – quatro chegaram a perder a vida na República Democrática do Congo, em 1964. Em nome destas histórias de coragem e responsabilidade social, a exposição, que se apoia em mais de duas dezenas de relatos concretos, vai no sentido de se afirmar como um exemplo e um estímulo para uma vida pessoal mais completa e enriquecida.

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