Évora: «Tão alto quanto os olhos alcançam», arte sacra em diálogo com a criação contemporânea

Exposição promovida pela Fundação Eugénio de Almeida

Évora, 18 nov 2014 (Ecclesia) – A Fundação Eugénio de Almeida, em Évora, apresenta até março de 2015 a exposição ‘Tão alto quanto os olhos alcançam’, a qual propõe “uma leitura cruzada entre a arte sacra e a arte contemporânea”.

A iniciativa assinala o “culminar de uma trajetória” de mais de uma década de inventariação do património artístico da Arquidiocese de Évora, assinala uma nota publicada na página da diocese alentejana na internet.

Esta mostra, que encerra ainda o ciclo da programação inaugural do Fórum Eugénio de Almeida, inclui diversas obras de pintura, escultura e paramentaria provenientes de instituições de culto, bem como de arte contemporânea, de artistas como Joseph Beuys, Michael Biberstein, José Pedro Croft ou Fernando Calhau.

“Tão alto quanto os olhos alcançam parte de uma situação contemporânea dúplice: por um lado, a arte a partir do modernismo foi perdendo a noção de transcendência em favor de uma missão derrisória e enfeudada às questões da crítica e da avaliação das suas condições de possibilidade enquanto arte; por outro lado, existe na arte contemporânea uma clara nostalgia em relação a uma capacidade da arte se dirigir a zonas mais densas da nossa relação com o mundo”, pode ler-se.

A exposição é comissariada por Delfim Sardo e faz um percurso por artistas e obras que “são testemunho da ponte entre imanência e transcendência”.

“A invisibilidade remete sempre para uma zona não artística, mas especulativa do processo de criação, bem como do processo de fruição, convocando o espetador para uma relação com a obra de arte que se define a partir do projetivo, da enorme acuidade percetiva, do jogo ou do processo claramente racional”, pode ler-se.

OC

 

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