Évora dá a conhecer Igreja a sul do Tejo

As Jornadas de História Religiosa organizadas pelo Instituto Superior de Teologia de Évora contam já com três anos de história. Em 2006 procurou-se fazer coincidir o dia das IV Jornadas com a celebração do dia do patrono St. Alberto Magno. Este ano sob o tema “Visibilidade da Igreja Quinhentista ao sul do Tejo” contam com um vasto painel de oradores. Na sessão de abertura o Presidente do ISTE dava conta que “apesar do ISTE ser privado, não ficámos à margem do novo enquadramento de Bolonha, e avançámos sem sobressaltos, implementando a adaptação do ensino de Teologia àquele processo, de acordo com a Universidade Católica Portuguesa” dá conta um comunicado enviado à Agência ECCLESIA. Em início de mais um mandato como presidente do ISTE, o Pe. José Morais Palos apontou que “queremos cumprir os objectivos traçados há 30 anos, reconhecendo as mudanças, mas sendo fiéis aos princípios fundadores do ISTE. É por este caminho que queremos continuar”. O Pe. Joaquim Lavajo, promotor das jornadas de História da Igreja, explicou que pretendem pôr a descoberto sete grandes personagens do século XVI, que contribuíram decisivamente, aos seus contemporâneos o ritmo da modernidade e da adaptação às mudanças que então se operavam na Europa e no mundo: as grandes reformas eclesiais, o encontro de povos e culturas e a expansão das ciências e das artes. As presentes jornadas integram um ciclo que terminará em 2008 com um congresso dedicado aos 700 anos da dedicação da Catedral de Évora. O Pe Joaquim Lavajo informou ainda que “em 2009 celebraremos os 450 anos da fundação da Universidade de Évora, da qual o ISTE é continuador porque realiza os mesmo estudos e procura formar clérigos”. A sessão contou ainda com uma invocação à vida e obra de Santo Alberto Magno, patrono do ISTE, como foi referido por D. Maurílio de Gouveia, Arcebispo de Évora “é um modelo invulgar para quem se dedica ao estudo e ensino da Teologia continuando muito actual”. O Instituto Superior de Teologia de Évora conta com 30 anos de história, “embora o ensino da teologia venha de longa data” dá conta o Presidente do Instituto, o Padre José Morais Palos. A história regista o Seminário de Évora como uma instituição onde se estudou a teologia. Com a criação do ISTE procurou abrir-se também aos leigos, “e houve um período onde os leigos procuraram efectivamente o ensino da teologia” correspondente à sua formação para ministrar Educação Moral e Religiosa Católica nas escolas civis. Nos últimos anos o curso de Teologia do IST de Évora constata uma procura quase exclusiva de candidatos ao sacerdócio “que serão sempre os que mantiveram a actividade maior no curso de teologia”. Não querendo isto dizer que os leigos não procurem a teologia, “havendo o cuidado de realizar outro tipo de ensino, nomeadamente formação para exercer ministérios em paróquias e comunidades” não necessariamente de grau académico. O ensino da teologia está em reflexão na reunião da Conferência Episcopal Portuguesa a decorrer em Fátima. “Será sobretudo no sentido de ligar os diversos institutos de teologia, seminários maiores com o ensino na Universidade Católica e no sentido da uniformidade”, questão premente tendo em conta o Processo de Bolonha, “no entanto o currículo do ensino está já bastante uniforme” finaliza o Presidente o ISTE.

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