D. Francisco Senra Coelho celebrou Eucaristia das festas em honra de Nossa Senhora da Boa Nova
Évora, 09 abr 2024 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora presidiu este domingo, à Missa das Festas em honra de Nossa Senhora da Boa Nova, no Santuário com o mesmo nome, convidando fiéis a serem “mãos de Cristo para o mundo de hoje”.
“Ao olharmos para essas mãos, aonde estão presentes as marcas da dádiva de Cristo, o rosto do amor eterno do Pai, nós percebemos que somos convidados a ser no mundo de hoje essas mãos”, afirmou D. Francisco Senra Coelho, acrescentando que devem fazer-se revelar “junto dos sós, junto dos idosos que porventura precisam de apoio, junto daqueles que estão caídos nas bermas da estrada”.
Na homilia da Eucaristia, o arcebispo de Évora destacou que é percetível que “há uma paz daqueles que percebem que as mãos trespassadas de Cristo foram mãos ressuscitadas pelo Espírito Santo”.
“O Senhor ressuscitado que continua a ter nas suas aparições de ressuscitado as marcas dos cravos, nas mãos, nos pés que caminharam por nós no coração aberto são essas marcas que devem estar no corpo de Cristo da Sua Igreja. Que somos nós a Sua Igreja. Uma Igreja atenta, coração de mãe, coração aberto a todos”, assinalou.
D. Francisco Senra Coelho assinalou que “o Senhor não quer uma Igreja fechada” e que o “Espírito de Deus pôs a sua Igreja em saída”.
“Hoje nós somos essas mãos de Cristo em saída, em humanização, em sentido de proximidade, num gesto sempre atento àquele que necessita ser levantado”
Segundo D. Francisco Senra Coelho, “a Igreja tem colo, a Igreja tem afago, a Igreja tem ternura, a Igreja tem carinho, a Igreja é mãe”.
“Nestes dias preocupantes de paz frágil para a Europa e para o mundo, que brote do coração de cada homem e de cada mulher, dos cristãos e dos humanos de boa vontade, este sentido de paz, que é sempre reconciliação, que é sempre perdão como Jesus hoje nos ensina no Evangelho”, manifestou.
Na celebração, o arcebispo de Évora fez um pedido ao Senhor: “Que não sejamos uma Igreja medrosa, fechada em nós próprios, mas uma Igreja proativa com tudo aquilo que é bom para a Humanidade. Uma Igreja que mostra a Cristo, o rosto do amor misericordioso de Deus, neste Domingo da Divina Misericórdia”.
Na conclusão da missa, em que estiveram presentes, autoridades civis e militares, D. Francisco Senra Coelho agradeceu a dedicação de todos que permitem a realização das Festas em Honra de Nossa Senhora da Boa Nova.
O arcebispo agradeceu ainda pela dedicação do padre Daniel Jamba, pároco da Unidade Pastoral de Alandroal, proveniente de Angola, da Arquidiocese de Lubango, e que está em formação superior na Universidade de Évora.
| A procissão do encontro, que conduziu a imagem de Nossa Senhora da Boa Nova à vila de Terena, acompanhada pela banda do Centro Cultural de Alandroal, teve início na tarde de domingo, às 18h30.
No mesmo horário, saiu à rua outra procissão que, vinda da Igreja Matriz, levou a imagem de São Pedro, padroeiro da freguesia, animada pela Banda da Sociedade Filarmónica Municipal Redondense. Segundo a Arquidiocese de Évora, o encontro entre procissões foi acompanhado por uma queima de foguetes, tendo sido na ocasião proferido o Sermão, pregado pelo padre Luís Filipe Fernandes. O fogo de artifício marcou a entrada da imagem de Nossa Senhora à Igreja Matriz, e antes do recolher da procissão realizou-se, no adro da Matriz, a Bênção do Santíssimo Sacramento sobre a vila, os campos em redor e todos os peregrinos de Nossa Senhora da Boa Nova. A celebração terminou com o hino de Nossa Senhora pelas duas bandas. No feriado Municipal em Alandroal, na segunda-feira, celebrou-se a missa, na Igreja Matriz, seguida da procissão em honra de Nossa Senhora da Boa Nova que percorreu as ruas do centro histórico até ao Santuário. Já esta terça-feira, o Santuário acolhe, pelas 19h, a celebração da missa, “em memória de todos os que, tendo já partido, participaram na organização destas imponentes festividades”, assinala a arquidiocese. |
LJ/OC