A Diocese de Évora aposta na diversidade de ministérios. Não porque entrou um novo Bispo ou porque exista uma falta de ministérios sacerdotais, ambas realidades evidentes, mas porque “não há trabalho válido numa paróquia se este não for feito numa colaboração íntima com os leigos”. O Pe. José Cordeiro, Director da pastoral Litúrgica eborense afiram que este “relação que não se esgota no trabalho, mas assenta nas ideias e na troca de opiniões”. Ambos os ministérios não se chocam ou dispensam. Os Ministros Extraordinários da Comunhão foram lançados há 40 anos pelo Concílio Vaticano II. É uma aposta “que não é de hoje”. A Diocese de Évora conta com mais de 500 leigos ao serviço da Igreja nesta área, que remonta ao tempo anterior a D. Maurílio Gouveia, Bispo Emérito de Évora. O Pe. José Cordeiro recorda este ministério como “um serviço essencial, de assistência aos doentes”, que ultrapassa a simples comunhão eucarística. “É preciso disponibilidade e principalmente formação humana”, aponta o responsável pela Pastoral Litúrgica eborense. Daí que na formação dos ministros extraordinários da comunhão, no passado dia 23, “tenhamos despendido uma hora a falar do ritual de levar a comunhão e o resto do dia a abordar questões de relacionamento humano”. “O que se pretende é ter uma presença junto de cada doente, não apenas para que leve a comunhão, mas possa conversar também”. O director da Pastoral Litúrgica dispensa a «conversa de coitadinho», por isso este trabalho requer antes de mais uma ampla formação humana. A aposta nos leigos não tem “caminho de volta”, frisa o director da Pastoral Litúrgica de Évora, enaltecendo o contributo “insubstituível dos leigos”. Numericamente “há muito mais leigos que sacerdotes” e este é um sinal “claro que se deve apostar cada vez mais nos leigos”.