Vaticano: Papa vai celebrar a Missa com a comunidade congolesa em Roma, e levar «Kinshasa a São Pedro»

Francisco reafirmou que foi «com grande pesar» que adiou a viagem à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul

Foto: Vatican News

Cidade do Vaticano, 13 jun 2022 (Ecclesia) – O Papa vai celebrar a Missa com a comunidade congolesa em Roma, no dia 3 de julho, anunciou hoje Francisco aos participantes do Capítulo Geral da Sociedade dos Missionários da África, numa audiência na Sala Clementina, no Vaticano.

“Tentarei celebrar a missa com a comunidade congolesa em Roma, em 3 de julho, dia em que deveria celebrar em Kinshasa. Traremos Kinshasa a São Pedro, e ali celebraremos com todos os congoleses romanos, que são muitos”, disse o Papa, informa o portal ‘Vatican News’.

Francisco tem sido afetado por problemas num joelho que, nas últimas semanas, o obrigaram a deslocar-se numa cadeira de rodas e adiou a viagem ao Sudão do Sul e à República Democrática do Congo, que ia realizar de 2 a 7 de julho, “aceitando o conselho dos médicos e para não anular os resultados das terapias do joelho ainda em andamento”.

Este domingo, Francisco pediu desculpa às autoridades e populações dos dois países africanos pelo adiamento da sua viagem e a audiência desta manhã, aos participantes do Capítulo Geral da Sociedade dos Missionários da África, começou com um renovado lamento.

“Na verdade, com a minha idade não é tão fácil ir em missão! Mas, suas orações e seu exemplo me dão coragem, e estou confiante poder visitar esses povos, que carrego no coração”, disse Francisco, aos missionários conhecidos como ‘Padres Brancos’.

Assinalando que a Sociedade dos Missionários da África escolheu para a sua reunião magna “trabalhar na missão como testemunha profética”, referiu que gostou de ouvir que eles viveram esses dias “com gratidão e com esperança”.

“Quem não sabe agradecer a Deus pelos dons que Ele semeou ao longo do caminho, mesmo que cansativo e, às vezes, doloroso, não tem uma alma esperançosa, aberta às surpresas de Deus e confiante em sua providência. Essa atitude espiritual é decisiva para que amadureçam as sementes da vocação que o Senhor desperta com seu Espírito e sua Palavra”, desenvolveu, incentivando a continuarem na “gratidão e esperança”.

Francisco pediu aos missionários que “sejam apóstolos, nada além de apóstolos”, e, recordando as palavras do fundador dos Missionários da África, o cardeal Charles Lavigerie, arcebispo de Argel, salientou que o apóstolo de Jesus Cristo “não faz proselitismo, não é um gerente, não é um conferencista erudito”, nem é um ‘mago’ da informática, mas “o apóstolo é uma testemunha”.

“Isso vale sempre e em toda parte na Igreja, mas vale especialmente para quem, como vocês, são muitas vezes chamados a viver a missão em contextos de primeira evangelização ou de religião islâmica predominante. Testemunho significa essencialmente duas coisas: oração e fraternidade. Um coração aberto a Deus e aos irmãos e irmãs”, acrescentou, recordando também o testemunho de Charles de Foucauld, que “realizou um caminho de transformação até se sentir irmão de todos”.

Na audiência, o Papa destacou que ainda que os Missionários da África “são enviados a viver a doce alegria de evangelizar”, a comunidade “vive de oração e fraternidade” e é chamada ao “diálogo com o ambiente em que vive, com as pessoas, com a cultura local”, onde muitas vezes, para além da pobreza, existe “a insegurança e a precariedade”.

CB

 

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