Angra: Diocese celebra 500 anos do Convento de São Francisco

Comunidade paroquial de São José começa comemorações no dia 19 de março de 2024

Foto: Igreja Açores/PSJ

Angra do Heroísmo, Açores, 19 dez 2023 (Ecclesia) – A Paróquia de São José (Ponta Delgada), da Diocese de Angra, vai celebrar os 500 anos do Convento de São Francisco, em julho de 2025, e está a desenvolver um programa que começa dia 19 de março de 2024.

“São 500 anos de um espaço integrado no território citadino, que tem hoje problemáticas muito sérias, como a indigência e o envelhecimento, cuja história nos remete para a presença de uma congregação, que teve um papel indelével no povoamento e na sedimentação da fé nos Açores, e tudo isso deve-nos interpelar”, disse o pároco de São José, o padre Duarte Melo, divulga o portal ‘Igreja Açores’.

Os 500 anos do Convento de São Francisco, onde se insere a Igreja de São José, em Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, vão ser comemorados em julho de 2025, e uma equipa paroquial da pastoral da cultura está organizar um programa que integra várias iniciativas desenvolvidas por diferentes linguagens artísticas.

Na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, a Diocese de Angra adianta que a sessão de abertura conta com a presença do bispo diocesano, D. Armando Esteves Domingues, no dia 19 de março de 2024.

O programa vai ser composto por um ciclo de conferências, na igreja de São José, com a colaboração da Universidade dos Açores, “para reflexão e debate sobre a memória e identidade açoriana”; vários concertos, incluindo um concerto sinfónico, onde querem valorizar o órgão histórico da igreja; uma exposição de Arte Sacra.

Nesta iniciativa vão também atualizar e reeditar o catálogo ‘Igreja paroquial de São José, Nossa Senhora da Conceição: Património Móvel e Integrado’ e publicar em livro as ‘Conversas na Sacristia’, projeto que está a decorrer com “temas e pessoas diferentes”, na sacristia da igreja paroquial.

“A partir da sacristia a Igreja está vigilante, aberta e dialogante com o território, com as pessoas que nele habitam, com as problemáticas contemporâneas e em diálogo com  todas as expressões de resgate e libertação que são expressões das artes, do pensamento, da filosofia”, explicou o padre Duarte Melo.

O portal ‘Igreja Açores’, da Diocese de Angra, informa que as comemorações dos 500 anos do Convento de São Francisco, que hoje é um hotel mas foi uma Misericórdia e um hospital, estão alinhadas com o itinerário sinodal diocesano do próximo biénio, inserem-se na dinâmica para o Jubileu da Esperança, convocado pelo Papa Francisco para 2025, e assume-se como “uma primeira etapa” das comemorações dos 500 anos desta diocese, que se completam em 2034.

“O passado é importante para o estudarmos mas deve servir para nos interpelar sobre o momento presente. Dai que a dimensão da esperança no Jubileu, nos 500 anos, em 2025, seja um horizonte luminoso que se abre à diocese e nós temos a oportunidade de, em primeiro lugar, valorizarmos o património, estudá-lo e divulgá-lo, através de acontecimentos que irão marcar esta celebração”, desenvolveu o pároco de São José.

A igreja de São José foi construída num terreno onde, no século XVI, a família Fernão de Quental e Margarida de Matos mandou construir uma ermida com invocação a Nossa Senhora da Conceição, quando já estariam em Ponta Delgada os Frades Menores (Franciscanos) da ordem religiosa fundada por São Francisco de Assis.

“Em julho de 1525, Frei Brás, comissário da Ordem nas ilhas dos Açores, solicitou aquela ermida à Câmara de Ponta Delgada com a finalidade da edificação do Convento de São Francisco. O pedido foi atendido pelo senado camarário” lê-se no documento que contextualiza a candidatura do projeto cultural dos 500 anos do convento a apoios públicos.

CB

 

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