Liberdade Religiosa: Transmissão das missas na internet precisa da aprovação prévia do governo da China

Foto DR

Lisboa, 03 Jan 2022 (Ecclesia) – As atividades religiosas na internet, incluindo a transmissão das missas, sermões ou a simples divulgação de informações vão precisar da aprovação prévia do governo da China.

“As novas medidas, que vão entrar em vigor a 1 de março deste ano, foram divulgadas pela Administração Estatal dos Assuntos Religiosos e vão estar sob a vigilância do Ministério da Segurança do Estado e de outros organismos governamentais”, lê-se numa nota da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (FAIS) enviada à Agência ECCLESIA.

Esta vigilância “mais apertada das atividades religiosas na Internet” reflete as indicações de Xi Jinping, líder do governo chinês, que, durante uma conferência realizada no início de dezembro, anunciou, segundo a Asia News, a necessidade de se “melhorar o controlo democrático sobre as religiões”.

No encontro, o secretário-geral do Partido Comunista Chinês deixou claro, ainda segundo a agência de notícias, “que as religiões se devem adaptar ao fato de a China ser um país socialista”.

Para melhor efetivar este controlo, a partir de março, as organizações e indivíduos que desejem publicar informações religiosas na internet “têm de enviar previamente um pedido nesse sentido ao Departamento de Assuntos Religiosos da respetiva província. “Também fica proibida a realização de campanhas de angariação de fundos “em nome da religião na Internet”, lê-se

O objetivo do regime é promover ainda mais a “sinicização” da religião, processo que teve início oficialmente em 2015.

No mais recente «Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo», editado pela Fundação AIS em abril do ano passado, é referido o aumento das medidas repressivas do aparelho do estado sobre as comunidades religiosas, nomeadamente os cristãos.

No documento pode ler-se que “a liberdade religiosa na China está atualmente sujeita à mais séria repressão desde a Revolução Cultural”.

“A política é mais centralizada, a repressão é mais intensa e generalizada, e a tecnologia está a ser aperfeiçoada para a criação de um Estado de vigilância”, acentua

LFS

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