Evangelizar as bolsas ad gentes da Europa

Missionários da Consolata estão no meio da mafia em Itália “A grande preocupação dos missionários da Consolata em Portugal é a animação vocacional” – confessou à Agência ECCLESIA o provincial desta congregação, Pe. Norberto Louro. Eleito recentemente para presidir aos destinos da Província Portuguesa dos Missionários da Consolata, este sacerdote tem 67 anos e é natural de Cardigos, concelho de Mação. Missionário da Consolata há 48 anos, estudou no seminário de Fátima, tendo entrado no noviciado em 1956. Estudou filosofia e Teologia em Turim, onde foi ordenado em 1963. A sociedade está em permanente mudança por isso “é preciso revitalizar a animação missionária” – sublinhou. E acrescenta: “procurando comunicar o nosso carisma do Instituto Missionário Ad Gentes”. Depois de trabalhar vários anos em Portugal, tanto na formação como na animação missionária, foi enviado para Moçambique, onde exerceu vários cargos durante 12 anos: pároco, director do seminário inter-diocesano de Nampula nos difíceis anos da revolução marxista, superior provincial. Regressou a Portugal para um serviço de quatro anos, tendo voltado a Moçambique como mestre dos noviços africanos. Em 1999 foi eleito conselheiro geral do Instituto, tendo-se ocupado particularmente das missões de África. “Foi aí que gastei os melhores anos da minha vida” – mencionou o Pe. Norberto Louro. Na Europa as vocações diminuem ao contrário do que acontece no continente africano. O provincial dos Missionários da Consolata conhece as duas realidades porque trabalhou directamente “nesse campo”. As comunidades cristãs em África têm “uma grande vitalidade” e “muita juventude”. Nessa “multidão de jovens” é mais fácil encontrar uma percentagem que “escute o chamamento e se interrogue”. Na Europa, as famílias estão reduzidas a “poucos filhos” – explica. Num futuro próximo, a Europa receberá mais missionários africanos. Apesar de “termos muitos animadores africanos a trabalhar na Europa” – salienta. E acrescenta: “temos missionários africanos a trabalhar na Coreia e na Mongólia”. Na América latina “já é nossa praxe há muito tempo”. O provincial dos missionários da Consolata também colabora com a Comunicação Social. Tem uma rubrica na Fátima Missionária – “A Missão é Simpática” – que “me é muito querida”. Um “aspecto simpático da missão” onde “posso relatar alguns factos do meu trabalho missionário”. Crónicas pessoais que ajudam no “campo vocacional” – realça. Com cerca de 30 missionários em Portugal, a casa de Fátima tem o maior contigente de seguidores do beato José Allamano. Abertura de novas casas? “Uma hipótese que não está colocada de parte” – afirmou o Pe. Norberto Louro. Com quatro comunidades (Lisboa, Cacém, Fátima e Ermesinde), o Provincial dos missionários da Consolata referiu que os bispos “têm pedido a nossa presença” nas dioceses. No último capítulo “descobrimos que na Europa existem bolsas Ad Gentes”. E decidiram que cada província na Europa devia procurar internamente o seu Ad Gentes. Em Portugal “fomos para o Zambujal (arredores de Lisboa)” onde evangelizam “africanos, ciganos e Portugueses”. Na Espanha lançaram-se com os emigrantes e em Itália “estamos no meio da mafia” – concluiu.

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