Evangelização/Portugal: Curso Alpha junta centenas de pessoas para operar uma «transformação social»

Método de anúncio da mensagem católica começa num jantar e já chegou a milhões de pessoas

Lisboa, 20 Out 2011 (Ecclesia) – O coordenador nacional dos cursos alpha afirmou hoje que através deste método de evangelização se consegue “operar uma grande transformação social no mundo”.

Para o padre Jorge Santos, o “Evangelho tem um poder enorme de transformação social” e quando as pessoas “se afastam dele, a sociedade perde com isso”, referiu à Agência ECCLESIA.

Desta sexta-feira até domingo decorre em Cantanhede, Coimbra, a Conferência Nacional Alpha que será subordinada ao tema «Unidos para Transformar», sendo o primeiro dia destinado a padres e pastores e os restantes para todos os potenciais interessados.

Através do ‘alpha’ (nome da primeira letra do alfabeto grego) pretende-se colocar “ardor” na evangelização da sociedade, visto que esta deve “ser adaptada ao mundo de hoje através de novos métodos”, sublinhou o sacerdote.

Apesar do conteúdo do evangelho “ser sempre o mesmo” porque “é imutável”, o padre Jorge Santos realça que o curso alpha utiliza um método “acessível às pessoas de hoje” visto que “aposta na amizade, acolhimento e liberdade”.

Tudo começa com um jantar, onde as pessoas podem “dar a sua opinião” sobre determinados assuntos e, a partir daí “as pessoas fazem caminho, adianta o coordenador.

O contacto direto é essencial neste método evangelizador porque o “amigo traz o amigo”, mas a “taxa de sucesso é muito elevada”.

Normalmente, o curso tem a duração de 10 semanas, com um fim de semana de retiro pelo meio e no evento de lançamento é dada a palestra «Há mais na vida além disto?», enquanto as dez reuniões semanais e o fim de semana abordam os seguintes temas relacionados com Jesus Cristo, Bíblia e fé.

Os cursos alpha existem em cinco dioceses portuguesas – Lisboa, Santarém, Coimbra, Viseu e Leiria – e este ano a conferência nacional terá a presença dos bispos de Coimbra, D. Virgílio Antunes, e D. Manuel Pelino, bispo de Santarém.

Segundo o coordenador nacional, o curso alpha não está implantado em mais dioceses porque os padres têm dificuldades em “experimentar coisas novas” e “têm muito trabalho com os afazeres paroquiais”.

Destinada a todas as pessoas, o padre Jorge Santos, da diocese de Coimbra, reconhece que algumas pessoas que irão participar na conferência nacional “começam do zero”, mas “a maioria são animadores”.

Até ao momento estão inscritos cerca de duas centenas de participantes para esta atividade formativa que conta com uma equipa de França e Inglaterra, onde este método já alcançou milhões de pessoas.

O curso alpha teve início na igreja Holy Trinity Brompton, no centro de Londres, (Inglaterra) no final da década de 70, como forma de introduzir os princípios básicos da fé a novos cristãos num ambiente descontraído e informal.

O curso espalhou-se e desenvolveu-se durante os anos 90, inicialmente no Reino Unido e depois internacionalmente, à medida que mais igrejas e outros grupos acharam-no uma forma útil e eficaz de responder às questões sobre a fé Cristã num contexto informal.

De momento estão a decorrer mais de muitos milhares de cursos em todo o mundo em 163 países apoiados por todas as principais denominações cristãs.

LFS

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Agência ECCLESIA

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