Europa: Simpósio das Escolas Católicas reflete sobre a «importância» das instituições nos «desafios contemporâneos»

Uma representação de Portugal participa na iniciativa que termina hoje, antes da assembleia-geral desta sexta-feira

Foto: Externato Frei Luís de Sousa

Lisboa, 28 abr 2022 (Ecclesia) – O Simpósio Europeu das Escolas Católicas, promovido pelo Comité Europeu da Educação Católica (CEEC), termina hoje, após dois dias de reflexão sobre compromisso e a “importância” destas instituições “à luz dos desafios contemporâneos’, em Viena (Áustria).

O Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) informa que estão a participar de Portugal o diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã, o professor Fernando Moita, o diretor e o secretário-geral da Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC), respetivamente Fernando Magalhães e Jorge Cotovio, do padre Manuel Pato, da Diocese de Beja, da irmã Maria da Glória e três professores do Colégio Rainha Santa Isabel, em Coimbra.

‘Comprometidos com uma visão. A importância das escolas católicas à luz dos desafios contemporâneos’, é o tema do simpósio promovido pelo CEEC, nos dias 27 e 28 de abril, em Viena (Áustria), lê-se na nota enviada à Agência ECCLESIA.

Esta quarta-feira, na conferência inicial, o professor Jakob Deibl salientou que para se repensar o papel e o lugar das instituições de ensino católico “deve-se refletir e apropriar a rica tradição da Igreja”, na apresentação do tema ‘Igreja, Escola e Sociedade’.

“Trata-se de trazer à mente, por exemplo, a abadia de Monte Casino, e a ideia que está na origem das universidades. Penso mesmo que devemos reler a tradição beneditina; Não se pode pensar hoje as escolas, sob a égide da Igreja, sem assumir esta herança e continuar adiante”, desenvolveu o docente de Filosofia e Teologia em Viena.

O SNEC, secretariado da Conferência Episcopal Portuguesa, destacou a presença de Gemma Serrano, que apresentou o tema ‘A Escola Católica num mundo numérico’, Heinz Faßmann, e D. Angelo Vincenzo Zani, secretário da Congregação para a Educação Católica (Santa Sé), neste encontro.

“Precisamos de conceber a educação como um movimento de equipa, com preocupações ecológicas, inclusiva e espaço capaz de gerar diálogo, testemunho e reconhecimento. É preciso desenvolver a interdisciplinariedade, a centralidade do aprender a colocar questões, a analisar a presença do outro na relação educativa, e de uma ligação entre pesquisa e pedagogia. São maneiras que exprimem uma hospitalidade e uma busca profundamente cristãs”, explicou Gemma Serrano, que participou na iniciativa portuguesa ‘Do Clique ao Toque’, na Arquidiocese de Braga.

O historiador Theo Van Der Zee (Países Baixos), na reflexão sobre ‘o objetivo da educação nas escolas católicas’, afirmou que “devem abordar temas como a diversidade e a individualização, ou as alterações climáticas”, destacando a necessidade de “ler os sinais dos tempos”.

“Estas instituições são convidadas a ler e interpretar os sinais dos tempos a partir do prisma da história e da tradição católicas e a reinventar o valor último da dignidade humana”, acrescentou, divulga o SNEC.

O simpósio está a ser promovido pelo Comité Europeu da Educação Católica que representa 35 mil escolas e mais de oito milhões de estudantes em toda a Europa.

Este encontro termina hoje mas, esta sexta-feira, 29 de abril, os responsáveis da Escola Católica na Europa vão realizar a sua 98ª assembleia-geral, onde se destaca a situação destas instituições na Ucrânia.

CB

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