Lisboa, 16 mai 2019 (Ecclesia) – O Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) escreveu aos candidatos às Eleições Europeias com questões relacionadas com as migrações, apelando ao “voto consciente e informado”.
Numa carta aberta aos cabeças de lista de “todos os partidos políticos portugueses candidatos às Europeias” o JRS colocou várias questões sobre migrações e asilo, conforme comunicado enviado hoje à Agência Ecclesia.
“O Parlamento Europeu desempenha um papel crucial na vida dos refugiados, requerentes de asilo e migrantes forçados, influenciando de maneira determinante o processo de tomada de decisão em matérias que lhes dizem respeito, pelo que é fundamental saber quais são as respostas que os candidatos ao Parlamento Europeu se propõem a dar”, pode ler-se.
Na carta surgiam questões como o “aumento de vias legais e seguras de acolhimento de refugiados pela União Europeia”, a “obrigação da participação de todos os Estados-Membros no acolhimento de refugiados”, as “regras europeias para a atribuição de vistos de estudante ou de trabalho” e a “detenção de requerentes de asilo e migrantes em situação irregular”, entre outros.
O JRS Portugal, em conjunto com o JRS Europa, “apela a um voto consciente e informado que defenda os valores sob os quais a União Europeia foi fundada, nomeadamente a proteção, dignidade, solidariedade e liberdade”.
Também a Rede Europeia Anti Pobreza alerta para a consciencialização do voto nas Eleições Europeias no sentido de “construir uma Europa livre de pobreza”, como escolha política que reconhece os “direitos dos cidadãos, garante o acesso aos seus direitos e reflete a solidariedade sentida pelos cidadãos europeus”.
“Votamos por uma Europa Livre de Pobreza, com políticas macroeconómicas que reduzem a pobreza de combatem as desigualdades, com sistemas de proteção social fortes. Uma Europa livre de Pobreza, verdadeiramente democrática, onde as políticas adequadas e certas são colocadas em prática”, lê-se num comunicado enviado à Agência Ecclesia.
A campanha designada #EUPOVERTYFREE apela ainda às instituições europeias para que seja “assegurado um espaço significativo para a participação da sociedade civil e das pessoas que vivem em situação de pobreza”.
SN