Europa: Parlamento acusa «Estado Islâmico» de «genocídio dos cristãos»

Lisboa, 05 fev 2016 (Ecclesia) – O Parlamento Europeu votou uma resolução que acusa o autoproclamado ‘Estado Islâmico’ de “genocídio pela perseguição das minorias religiosas” no Médio Oriente e classificou-o de “ameaça global sem precedentes para a paz e segurança”, esta quinta-feira, em Bruxelas.

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) destaca que a votação do Parlamento Europeu representa um “momento histórico” pois foi a primeira vez que classificou como “genocídio” as “atrocidades” que são cometidas na Síria e no Iraque por motivos religiosos “contra minorias como os cristãos ou os yazidis”.

Segundo a AIS, esta “resolução” afirma que quem cometeu “intencionalmente tais atrocidades por razões étnicas ou religiosas” está a cometer crimes contra a humanidade, devem ser levados à justiça e julgados pelo Tribunal Penal Internacional.

O documento que a fundação pontifícia teve acesso, apresenta um “vasto número” de debates que já tinham sido produzidos no Parlamento Europeu sobre “a ideologia extremista violenta” do autodenominado “Estado Islâmico”: “Ataques generalizados contra civis; violações do direito humanitário internacional, incluindo os perpetrados em terreno religioso ou étnico”.

O Parlamento Europeu pretende ainda incentivar os Estados-membros a trabalharem ativamente na “luta contra a radicalização dos seus próprios cidadãos, melhorando os sistemas jurídicos de cada país” para evitar que os europeus se juntem ao grupo terrorista e, “caso o façam, possam ser processados criminalmente”.

“Uma decisão histórica”, foi desta forma que o deputado sueco Lars Adaktusson, do Partido Popular Europeu, um dos principais mentores deste documento, classificou a votação, no final da sessão desta quinta-feira.

Aos jornalistas, afirmou que foi “muito importante” o Parlamento Europeu ter colocado a questão num “nível político e moral” e destacou as “obrigações” para a comunidade internacional pelo “reconhecimento do genocídio” em curso.

Neste contexto, o deputado sueco assinalou que os países europeus ficam com a “responsabilidade coletiva de agir” e as vítimas dos ‘Estado Islâmico’ têm “uma oportunidade de verem a sua dignidade restituída”.

AIS/CB

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Agência ECCLESIA

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