Europa: Bispos pedem igualdade e respeito pelos migrantes

Conselho Europeu das Conferências Episcopais afirma-se disponível para parcerias e maior comunicação com mundo muçulmano

Bratislava, 10 set 2016 (Ecclesia) – Os bispos das Conferências Episcopais da Europa estão preocupados com os imigrantes que chegam ao continente europeu e pedem às estruturas “políticas” dos estados-membros “parcerias” de “igualdade e respeito mútuo” pelos povos num diálogo com as religiões.

“É fundamental que os estados membros tenham parcerias baseadas na igual dignidade de todos os povos e respeito mútuo. É igualmente importante que as estruturas públicas, nacionais e europeias desenvolvam uma verdadeiro diálogo com os representantes das Igrejas cristãs ou com membros de outras religiões”, manifestam os bispos europeus num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, no final de uma visita do Conselho Europeu das Conferências Episcopais (CCEE) à Eslováquia.

Os participantes no encontro mostram-se “profundamente tocados” pelo sofrimento das pessoas “em fuga” dos conflitos bélicos, em especial os que estão a devastar a Síria, sem esquecer a situação dos que enfrentam “os ataques terroristas na Europa que causam tantas vítimas”.

Os bispos sentem, por isso, a necessidade de estimular a comunicação com o mundo muçulmano e dedicar mais esforços para ajudar os necessitados “de acordo com o mandamento divino do amor”.

A ajuda aos cristãos perseguidos, bem como o auxílio a quem necessita “seja em regiões em crise no mundo como nos seus países”, concretiza os “fins cristãos e humanos” que devem ser perseguidos com “generosidade e sabedoria, considerando as circunstâncias culturais, religiosas e económicas dos povos europeus e de quem chega”.

Reunidos na Eslováquia, que país que preside atualmente ao Conselho da União Europeia, os prelados pedem uma “profunda reflexão” sobre o futuro do continente, “sobre os valores que vão edificar a sociedade e que lugar para a religião”.  

Pedindo ajuda especializada, tendo em conta a trajetória que os migrantes desejam realizar, os bispos sublinham não esquecer “as vítimas da violência, da guerra e do terrorismo”.

“Esperamos que a Europa se torne um continente que coloca em primeiro lugar, o respeito pela vida humana, desde a conceção até a morte, e o apoio para a família e casamento ocupar o primeiro lugar na consciência de representantes públicos.”

LS

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