Consequências da crise económica em destaque no início de assembleia plenária dos episcopados católicos da UE
Bruxelas, 21 mar 2012 (Ecclesia) – O presidente da Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia (COMECE) alertou hoje em Bruxelas para o ressurgimento de “velhos preconceitos” e “ressentimentos populistas” por causa da crise económica.
D. Adrianus van Luyn falava na abertura dos trabalhos da assembleia plenária do organismo episcopal, que decorre até sexta-feira, na capital belga.
O prelado considera que existem “forças que ameaçam ganhar um novo impulso”, procurando que os países da União Europeia (UE) encontrem soluções nacionais e “solitárias” para as dificuldades ligadas à crise.
“As discussões violentas na praça pública e nos media, ligadas ao resgate da Grécia, e os lugares comuns sobre o ‘grego preguiçoso’, em particular, ou os ‘países latinos’, em geral, que voltam à superfície nestas situações, particularmente na Alemanha, são um bom exemplo disso”, assinalou D. Adrianus van Luyn, numa intervenção enviada à Agência ECCLESIA.
Segundo este responsável, em final de mandato, “as recentes evoluções em diversos Estados-membros da UE mostram que a superação de velhos conflitos e de preconceitos enraizados há séculos não é algo fácil e continua a ser um dever”.
A assembleia da COMECE, organismo que inclui a Conferência Episcopal Portuguesa, vai abordar a celebração, em 2012, do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre as Gerações.
“O envelhecimento é, sem dúvida, um desafio para toda a sociedade e para todas as gerações na Europa e é também uma questão para a solidariedade entre gerações e para as famílias”, assinala um comunicado dos episcopados da UE.
Durante a assembleia geral, os participantes vão eleger um novo presidente e quatro vice-presidentes.
O delegado da CEP na COMECE é D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima.
OC