D. Timothy Michael Dolan abordou atentado ao consulado norte-americano na Líbia, que resultou na morte do embaixador Christopher Stevens
Cidade do Vaticano, 14 set 2012 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos reagiu ao assassinato do embaixador norte-americano na Líbia, na última terça-feira, exigindo mão firme contra “a violência em nome da religião”.
Em declarações publicadas hoje pelo site do jornal vaticano L’Osservatore Romano, D. Timothy Michael Dolan lamenta a morte de Christopher Stevens e de outros três funcionários diplomáticos, atacados depois da divulgação de um filme considerado blasfemo sobre o profeta Maomé.
De acordo com informações avançadas pelas agências noticiosas internacionais, o vídeo terá sido alegadamente realizado nos Estados Unidos por um israelo-americano, o que levou um grupo de muçulmanos líbios a descarregarem a sua ira contra o consulado de Benghazi, situado a cerca de mil km a leste de Trípoli.
Para o responsável da Igreja Católica norte-americana, “os eventos na Líbia”, que também alastraram até ao Egito, mostram que “é necessário proclamar de forma inequívoca que a violência em nome da religião é errada”.
O cardeal arcebispo de Nova Iorque, que participava numa conferência internacional em Washington sobre “liberdade religiosa”, sublinhou que as perseguições em nome da fé têm levado “a sofrimentos humanos terríveis”, sobretudo no meio da comunidade cristã.
Milhares de cristãos “vivem frequentemente no medo por causa da sua busca da verdade, da sua fé e do seu apelo sincero para o respeito da liberdade religiosa”, salientou.
D. Timothy Michael Dolan desafiou o seu país e a comunidade internacional a agirem em defesa dos oprimidos e deixou ainda “uma oração pela atividade da comunidade diplomática e pelo compromisso a favor da paz no mundo”.
JCP