Ética e Verdade na Comunicação Social

Neste Domingo a Igreja celebrou o 42.º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Para assinalar a data, o departamento diocesano de comunicação organizou durante a semana passada um encontro de jornalistas com o Arcebispo de Évora, D. José Francisco Sanches Alves, o qual apresentou uma reflexão sobre a ética e verdade na comunicação social. Este texto, divulgado na página oficial da Arquidiocese, lembra “a importância que a Igreja reconhece aos meios de comunicação social e, por outro, a preocupação que esses mesmos meios lhe suscitam”, referindo “a influência que os meios de comunicação exercem na política, na economia, na cultura, na mentalidade e no comportamento da população em geral”. “As extraordinárias potencialidades dos media justificam a importância que lhes é reconhecida em relação às pessoas e em relação à sociedade no seu todo. Por isso a Igreja os apoia, promove, utiliza e recomenda”, escreve D. José Alves. O Arcebispo de Évora reconhece que “num mundo em permanente e acelerada evolução tecnológica, nem sempre é fácil identificar e controlar os novos e inéditos problemas, que dia a dia se levantam. Por vezes, são mais as interrogações do que as propostas de solução”. “A espantosa tecnologia, dotada de perfeição e rapidez na circulação de notícias, no conhecimento dos factos e na divulgação do saber, pode contribuir para uma sociedade mais justa e solidária. Mas nem sempre isso acontece”, lamenta. Segundo este responsável, os meios de comunicação social não cumprem a sua vocação “quando essas tecnologias são utilizadas para submeter as pessoas à lógica dos interesses particulares e à promoção de fins ideológicos; quando recorrem à publicidade enganosa e obsessiva e pretendem impor modelos de vida incorrectos; quando, para garantir o desejado nível de audiência, não se privam de induzir os utilizadores à transgressão, à vulgaridade e à violência; quando chegam mesmo a propor modelos enganosos de desenvolvimento económico que, em vez de diminuírem, aumentam o desnível entre ricos e pobres, certamente que a sociedade não se torna mais justa nem mais solidária”. Em conclusão, D. José Alves sublinha que “a verdade é o fundamento da liberdade. E a ética define os contornos do seu exercício. Por isso, sem verdade e sem ética não poderá existir verdadeira liberdade”.

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