Estudos do Cristianismo já começaram em Macau

A primeira licenciatura oficial em Teologia no espaço chinês arrancou no Instituto Inter-Universitário da Católica de Macau. O Curso de Estudos do Cristianismo conta com 70 alunos, todos de origem chinesa e pertencentes a congregações religiosas. O Vaticano ainda estuda o dossier, mas a China, contra todas as expectativas, aprovou em apenas duas semanas esta licenciatura, que tem uma duração de cinco anos cumprindo todas as regras canónicas. Em entrevista à Renascença, o reitor do Instituto Inter-Universitário de Macau, Ruben Cabral, considera que este é um grande sinal de boa vontade do regime de Pequim para melhorar as relações com a Santa Sé. O curso respeita as exigências canónicas e tem em conta também a realidade chinesa, explicou á Renascença Dennis Rochford, director do novo curso de Teologia de Macau. Esta vai ser uma formação que se espera que seja de uma grande exigência humanista – é a opinião de Syrol Law, natural de Hong Kong e professor de Filosofia e Latim desta escola. Já quanto aos alunos, as expectativas são grandes. Edmund, um estudante de 32 anos oriundo de Singapura, considera que este curso abre novas perspectivas para o diálogo inter-religioso. O curso de Teologia foi estruturado pela Universidade Católica de Lisboa. Para o Padre Peter Stilwell, esta é uma forma da Igreja Católica valorizar a sua presença na China, apesar das conhecidas e assumidas divergências entre Pequim e o Vaticano. Em entrevista à Renascença, o director da Faculdade de Teologia da Universidade Católica considera que esta abertura da China serve os seus próprios interesses estratégicos, não só em relação ao Ocidente, mas também na região. O Padre Peter Stilwell desloca-se este mês a Macau para fazer com as autoridades chinesas um ponto de situação em relação a esta licenciatura em Teologia para candidatos ao sacerdócio oriundos da China.

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