Estudar e treinar a evangelização na rua

No Congresso Internacional para a Nova Evangelização «Evangelização directa de pessoas». É o tema para um atelier da IV sessão do Congresso Internacional para a Nova Evangelização (ICNE). Pretende ser um espaço de reflexão e de troca de experiências. Johan Visser, da Comunidade Emanuel e um dos organizadores deste atelier, explica que “não somos os únicos a evangelizar, por isso é importante partilhar novas formas de levar a Boa Nova”. Este é apenas um de tantos ateliers que estão a decorrer na tarde do quinto dia do Congresso que decorre em Bruxelas até ao próximo Domingo. A pouco e pouco a sala enche-se de pessoas que querem participar no atelier. A forma é simples: basta aparecer à hora marcada e participar. A este vieram muitos congressistas. A sala já está cheia e juntam-se ainda pessoas no corredor. Uns jovens, outros menos jovens, mas não importa a diferença de idades. Importa antes a evangelização directa. Começa a reflexão proposta pela comunidade Emanuel: a partilha de um seminarista no quarto ano, de uma mãe de família e de uma religiosa… Falam sobre as diferentes experiências na evangelização. Segue-se a troca de experiências e de algumas respostas. “Bastará dizer bom dia e sorrir?” – questionam-se o grupo. Johan Visser diz com toda a convicção que “temos de ir para a rua, ir ter com as pessoas. É o que a comunidade quer fazer nesta tarde e durante toda esta semana”, contando como na sua vida se torna importante a evangelização. Visser participa num grupo de oração e “todos os meses vamos para a rua e convidamos pessoas para o nosso grupo dizendo que também elas são amada por Deus”. Este ir para a rua “ajuda também os católicos a perceber qual a linguagem correcta; é também uma experiência pessoal para cada católico”, diz Johan sublinhando que o mais importante é “o amor de Deus”. “Não tens de falar, tens de amar as pessoas. Na maior parte das vezes, basta apenas ouvir as pessoas, ouvir a sua história e descobrir que elas são o mais importante”. A participar no atelier, está José Vítor Adragão. Não é estreante nos percursos dos Congressos. Paris, Lisboa e agora Bruxelas. O que o trás aqui “é o entusiasmo pela nova evangelização que há na Igreja e o anúncio da Palavra de Deus de uma forma viva e directa”. A escolha deste atelier deve-se à importância que atribui à evangelização que “precisa de ser feita directamente”. E explica à Agência ECCLESIA: “os jovens aos jovens, os velhos aos velhos, até as crianças às crianças”. E recorda com especial carinho a sua própria experiência na evangelização directa, lá longe, nas ruas de Lisboa. “Estava na rua Augusta, e diz-me um jovem que afirma ter certeza de ir para o inferno por ser homossexual. E foi muito bonito poder falar da misericórdia de Deus e vê-lo abrir-se para uma nova perspectiva de vida. Vi uma barreira cair”, recorda entusiasmado à reportagem da Agência ECCLESIA. E recorda também a semente que o ICNE deixou em Lisboa. “Hoje sente-se uma articulação de esforços entre todos. Existe uma maior facilidade em trabalharmos juntos. Muitas barreiras têm caído ao nível dos leigos, mas também dos párocos”. E acima de tudo “a alegria! As pessoas têm menos medo em afirmar-se como cristãos”, sublinha. Depois dos testemunhos, os congressistas saem aos pares e juntos partem com velas na mão onde se podem ler passagens bíblicas. Como Deus enviou os apóstolos, “agora eles vão aos pares levar a Boa Nova que aqui dentro falávamos”, conta Johan. E todos descem pela rua interpelando quem passa. José Adragão acompanhado de um jovem francês, agora nas ruas de Bruxelas volta a querer quebrar barreiras.

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