Espiritualidade: Jovens carmelitas reuniram-se em Fátima para viver uma «noite de fé»

Iniciativa teve lugar na Casa Carmo e centrou-se na vivência da fé no dia-a-dia

Fátima, Santarém, 17 fev 2014 (Ecclesia) – A pastoral juvenil dos Carmelitas promoveu este fim-de-semana um encontro para jovens na Casa Carmo em Fátima, intitulado ‘faith night II’ que através da oração e da partilha se focou nas consequências da fé na vida diária.

“A ideia surgiu no ano de 2013 a propósito do Ano da Fé e a da noite da fé é muito são joanista, muito carmelitano decidimos fazer o encontro ´faith night II’, uma noite da fé com jovens que gostam da noite, de fazer atividades durante a noite”, disse à Agência ECCLESIA o padre João Rêgo, da pastoral juvenil dos Carmelitas.

No ano da estreia a iniciativa “correu bem” e por isso repetiu-se este fim-de-semana na Casa Carmo em Fátima “centrada na ligação entre a fé e as obras, nas consequências da fé na vida diária e naquilo que o Papa Francisco tem dito, nomeadamente no pedido que faz, na exortação apostólica, para termos um cariz mais missionário”.

Parte da noite de sábado para domingo foi passada com as irmãs carmelitas que vivem em Fátima, porque “é algo que os jovens questionam muito, como é que as irmãs vivem em clausura, numa vida contemplativa com uma vida dedicada só à oração e falando com elas descobrem a alegria com que elas vivem”.

A noite completou-se “com uma via-sacra na zona dos Valinhos, à noite com frio, que normalmente custa a fazer mas que todos gostam muito da experiência”, conta o padre João Rêgo.

A espiritualidade carmelita não é fácil de passar aos jovens “que muitas vezes estão mais virados para a ação ou para o voluntariado mas através da oração tentamos pouco a pouco ir ao encontro deles”, mostrando-lhes que “a fé, a oração e a espiritualidade carmelita pode ter consequências concretas na realidade do mundo”, sublinha o membro da pastoral juvenil dos Carmelitas.

Osvaldo Socorro, responsável pelos Jovens Carmelitas do Porto acredita que “cada vez mais os jovens procuram a oração e a espiritualidade para se encontrarem com eles próprios e fugirem um bocadinho do barulho exterior.”

“Os jovens gostam e cada vez procuram mais os carmelitas” e mesmo depois quando a vida os leva para fora, para estudar por exemplo, “não deixam de ter manter o contacto porque precisam do silêncio” que experienciam nos retiros e na oração conjunta, revela em entrevista à Agência ECCLESIA.

Susana Silva é estudante universitária e marcou presença neste encontro em Fátima por considerar que se trata de “uma forma de estar muito simples, baseada no amor” porque “é importante viver duma forma simples mas intensa”.

Acho que as pessoas têm uma ideia muito conformada e errada do que é a religião e depende de nós mostrar o que se vive realmente dentro da Igreja, tenho colegas meus na faculdade a quem digo que faço parte do grupo de jovens carmelitas e explico-lhes que ao contrário do que se pensa não é rezar orações compridas e decoradas, é sim uma forma simples de viver e o mais importante é isso”, concluiu Susana Silva em declarações à Agência ECCLESIA.

PR/MD

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