Espiritanos portugueses com novos desafios

A província portuguesa dos Missionários Espiritanos está reunida em Capítulo, até à próxima quinta-feira, debatendo sobre os novos desafios que se colocam à Congregação. O tema que domina os trabalhos é “O Espírito chama para a Missão”. O Superior Geral da Congregação, Pe. Jean-Paul Hoch, explica ao programa ECCLESIA que a “missão do Espiritano gira em volta do serviço evangélico ao lado dos mais pobres, dos que sofrem mais”. A questão do Médio Oriente, tão presente na actualidade dos últimos dias, faz que este responsável confesse ser prioritário trabalhar pela “reconciliação”. No decorrer dos trabalhos foi reeleito como Superior Provincial o Pe. José Manuel Sabença, para quem esta decisão significa “uma continuidade reforçada”, presente também nas ideias que têm sido apresentadas no Capítulo. Entre estas, tem sido muito expressiva a intenção de apostar na colaboração com os leigos, algo que para o Provincial dos Espiritanos “representa, por um lado, um dinamismo próprio da Igreja; por outro, a presença dos leigos acaba por desafiar-nos a nós próprios, obrigando-nos a exprimir da forma mais radical possível o nosso carisma”. Para o futuro da província, o Pe. Sabença deseja que seja possível “aprofundar a vivência espiritual, o sentido profundo da nossa entrega, porque não é só pela acção que transformamos o mundo”. O Pe. Pedro Fernandes, missionário em Moçambique, afirma a importância para a Missão da presença de leigos, que assumem “um papel cada vez mais decisivo e esse é um dos aspectos mais notáveis da vida missionária, nos últimos anos”. Pela primeira vez, este Capítulo Provincial conta com quatro leigos. Marta Vilas Boas, presidente dos Jovens sem Fronteiras, destaca que a sua presença mostra “o reconhecimento” da Congregação em relação ao trabalho dos jovens e admite que o mesmo é “importante”. Por outro lado, sente ser fundamental “conhecer a vida da Congregação e os projectos que se vão elaborando”. A presença de um número cada vez maior de jovens em projectos missionários surge, segundo esta responsável, “na sequência da formação humana e espiritual” do movimento, bem como “do exemplo de vida concreta dos missionários com quem trabalhamos”. “Temos assistido, nos últimos anos, a um desenvolvimento nessa área e são cada vez mais os jovens que querem partir e fazer um trabalho nas missões para onde vão”, conclui.

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