Espanha: Bispos agradecem contributo «extraordinário» do rei Juan Carlos

Monarca renunciou esta segunda-feira ao trono em nome de uma «renovação»

Madrid, 02 jun 2014 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal Espanhola reagiu hoje à renúncia do rei Juan Carlos agradecendo o “generoso” contributo que o monarca deu ao país, sobretudo para a “instauração e consolidação da democracia” no período pós-franquista.

“O seu serviço a Espanha teve um valor extraordinário”, realçam os bispos espanhóis, que através de uma nota publicada na internet abordam ainda a futura liderança da nação, que será entregue nas mãos de Filipe de Borbón e Grécia.

A Igreja Católica do país vizinho mostra-se convicta de que o príncipe das Astúrias, filho primogénito de Juan Carlos e Sofia, irá ser capaz de dar “continuidade” à obra do pai com “competência”, e recorda as provas dadas pelo futuro rei nas suas “diferentes aparições na vida pública”.

Filipe de Borbón, de 46 anos, é casado com Leticia Ortiz Rocasolano e pai de duas filhas, as infantas Leonor e Sophia, de oito e sete anos.

O futuro rei de Espanha, Filipe VI, é formado em Direito, tem um mestrado em Relações Internacionais e tenente-coronel do Exército e comandante da Marinha.

No plano político, assumiu pela primeira vez um papel oficial em nome do trono espanhol em 1996, como representante de Espanha nas tomadas de posse de chefes de Estado da América Latina.

Em 2004 deslocou-se pela primeira vez em missão diplomática ao Vaticano, para uma visita ao então Papa João Paulo II.

O anúncio da renúncia do rei Juan Carlos ao trono foi feito esta segunda-feira – o monarca, que liderou os destinos do país durante quase 40 anos (1975 – 2014) explicou a sua decisão com a necessidade de contribuir para uma “renovação” que dê a Espanha “mais energia para afrontar os desafios com outra intensidade”.

Juan Carlos, de 76 anos, apontou para fatores como a crise económica, “que deixou marcas profundas no tecido social” mas que ao mesmo tempo “apontou um caminho de esperança”.

Disse ainda deixar o trono com sentimentos de “orgulho e gratidão” por ter contribuído para a construção de um país que vive hoje um “período de paz e liberdade”.

JCP

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