Secretário nacional para o Ambiente e Sustentabilidade do CNE considera que é preciso ir além de «pequenas ações, quase de cosmética»
Lisboa, 25 mai 2021 (Ecclesia) – O secretário nacional do Corpo Nacional de Escutas (CNE) para o Ambiente e Sustentabilidade afirmou que “a vivência na natureza” é uma marca movimento, que considera os jovens “agentes da mudança” face à crise ambiental.
“Hoje não basta fazermos pequenas ações quase de cosmética, há uma necessidade de passarmos aos nossos jovens que eles são agentes da mudança, são agentes para estar no terreno, são agentes para fazer um contributo mais direto para aquilo que possa acontecer”, referiu José Rodrigues à Agência ECCLESIA.
O secretário nacional do CNE para o Ambiente e Sustentabilidade assinalou que os escuteiros são “exemplo para os outros” e é importante que possam ser um “agente mobilizador e catalisador”, pela forma como olham para a natureza.
Como escuteiros, desde a primeira hora, desde a fundação, a vivência na natureza é o nosso habitat natural, é o nosso ADN. Somos os principais interessados, os principais guardiões, digamos assim, da natureza e do meio ambiente e temos esse interesse instituído nos nossos jovens desde a primeira hora”.
José Rodrigues exemplificou que uma plantação, uma reflorestação, “é uma ação sempre muito importante”, mas no Corpo Nacional de Escutas oferece-se aos jovens uma componente “mais importante que perdura no tempo”, envolvendo-os “na compreensão de todo este processo”.
“O que é uma árvore, a floresta, a importância que ela tem para a nossa vida, como podemos protegê-las e a importância, até económica que, essa floresta tem… Isso dá uma consciencialização e uma compreensão mais forte em relação ao que estamos a fazer”, acrescentou, numa entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).
Esta segunda-feira chegou ao fim o ‘Ano Laudato Si’, que o Papa Francisco lançou pelo quinto aniversário da sua encíclica ecológica e social.
José Rodrigues explicou que, no contexto deste ano especial, o CNE realizou uma dinâmica pelos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas, e os sete objetivos ‘Laudato Si’, envolvendo-se na rede ecuménica ‘Cuidar da Casa Comum’.
“Existem agrupamentos que estão a trabalhar a forma como incentivam os seus jovens e fazer alguma atuação em relação à biodiversidade, e a integração das orações que o Papa deixa na ‘Laudato Si’ ajudam-nos nesta compreensão, interiorização, do que é a encíclica”, acrescentou o secretário nacional do CNE para o Ambiente e Sustentabilidade.
O CNE, a “maior organização de juventude em Portugal”, celebra 98 anos da sua fundação, no dia 27 de maio, e já está a trabalhar para realizar o seu acampamento nacional (ACANAC), em 2022, “marcadamente sustentável”.
PR/CB/OC
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