Escolas como veículos da «cultura» cristã

Formação, cooperação e divulgação são apostas da nova estrutura diretiva da APEC que reúne cerca de 100 instituições de ensino ligadas à Igreja

Lisboa, 07 mar 2013 (Ecclesia) – Reforçar a educação católica enquanto “proposta credível” para a sociedade e implementar uma “economia de comunhão” entre os seus membros são dois dos principais objetivos da nova direção da Associação de Escolas Católicas.

Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, os corpos sociais do organismo, que vai continuar a ter como principal responsável o padre Querubim Silva, realçam a importância de afirmar a “cultura da Escola Católica, assente numa antropologia cristã”, no meio das comunidades em geral e dentro da própria Igreja.

Até 2016, os responsáveis da APEC querem consolidar “uma associação que saiba apresentar caminhos de partilha e comunhão, potenciadores de escolas de referência humana, pedagógica, artística e religiosa no panorama educativo português”.

Em marcha está um plano de formação para professores, alunos, pais, membros das estruturas diretivas das escolas católicas e seus funcionários, com o objetivo de formar as pessoas para os valores presentes no cristianismo.

Construir parcerias com associações congéneres, a nível internacional, sobretudo nos “países de língua oficial portuguesa” e estreitar relações com as “estruturas associativas políticas” do ensino privado, nomeadamente na “defesa da liberdade de ensino” são outras vertentes incluídas no programa da associação.

A nova direção garante que irá “intervir oportunamente” junto do Ministério da Educação, sempre que estiverem em causa “aspetos específicos das escolas católicas” e que não descurará a promoção da identidade educativa católica.

Como forma de “fomentar a cooperação” entre as cerca de 100 escolas católicas associadas, os próximos três anos vão ser aproveitados para implementar um projeto de “economia de comunhão” que envolverá, entre outras propostas, “a compra concertada de produtos e serviços, como seguros e comunicações”.

Neste sentido, os novos órgãos sociais querem encorajar a troca de informações, a comunicação em rede, através da internet, e “potenciar recursos humanos, pastorais e pedagógicos”.

Ao nível das instituições de apoio, a APEC vai apostar numa ligação mais estreita com o Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), inserido na Conferência Episcopal Portuguesa, e reforçar a sua participação no Grupo de Reflexão da Escola Católica.

Constituído por representantes da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal; da Associação Portuguesa de Escolas Católicas e do Departamento da Escola Católica (DEC), o grupo reúne mensalmente no SNEC para refletir sobre a identidade e a missão das escolas católicas no país.

Os membros da direção da APEC vão ainda apontar para uma “presença” mais efetiva “da Escola Católica nos órgãos de comunicação social”, sobretudo através do aproveitamento dos meios que foram desenvolvidos pela Igreja e da criação de uma página própria de internet.

A Associação Portuguesa de Escolas Católicas é uma associação de âmbito nacional, constituída por escolas católicas reconhecidas como tais, e tem como principais finalidades defender e promover a conceção cristã da educação, no contexto das liberdades de aprender e ensinar, em conjunto com outros organismos que persigam objetivos comuns. 

JCP

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