Escolas Católicas: Professores desafiados a refletir se «Educar (é) Evangelizar?!»

Formação reuniu cerca de 600 pessoas, de 53 colégios, em Fátima

Fátima, Santarém 22 fev 2016 (Ecclesia) – O Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) promoveu a formação “Educar (é) Evangelizar?!” onde reuniu professores das escolas católicas para “pensarem juntas, rezarem e discernirem novos caminhos”.

“Este encontro tem por objetivo juntar as pessoas e criar espaço para pensarem juntas, rezarem e discernirem novos caminhos. A grande preocupação é descobrirmos e alimentarmos a nossa alma específica como meio de evangelização da Igreja, este é o nosso norte”, explicou a coordenadora do Setor das Escolas Católicas do Departamento do Ensino Religioso Escolar do SNEC.

De acordo com a professora Elisa Urbano, o encontro deste sábado teve a marca do que ouviram no congresso mundial do setor, em novembro de 2015, em Roma: “Os desafios que o Papa colocou, as análises que foram feitas e sobretudo a ideia de olhar para a nossa realidade sem medo e traçarmos caminhos.”

Para a irmã Emília Nabuco, das Irmãs Doroteias o professor hoje precisa de ser “imensamente criativo”, com uma “visão do mundo e da vida muito ampla, muito aberta”, pois assim é possível dialogar com os jovens, com as crianças, com as famílias.

“Como é um mundo em constante mudança, se os professores não estão aptos para apreender essa mudança, torna-se muito complicada a sua tarefa de educação”, sublinhou a religiosa, conselheira-geral da Congregação das Irmãs de Santa Doroteia, que fez uma comunicação no encontro sobre o tema "Evangelizar com a família na Escola Católica".

Para o diretor da Escola Superior de Educação Paula Frassinetti, no Porto, as escolas católicas deve “cultivar, aprofundar uma identidade aberta”, o que significa que não se pode encrustar, “fechar-se naquilo que julga ser, julga poder propor, mas tem que pôr todos os dias à prova a força do Evangelho pela forma como educa”.

José Luís Gonçalves indicou que o presente “é o grande desafio” que deve ser interpretado com “chaves de leitura boas” e “valorizar o que há de positivo e trabalhar”.

“Este é o tempo de voltar aos valores na constituição, a liberdade de escolha é a efetiva oportunidade para serem as famílias a fazê-lo e não vir imposto por uma qualquer hierarquia de valores que não se sabe muito bem de onde vem”, concluiu o docente.

Esta ação de formação foi promovida pelo SNEC em parceria com a Associação Portuguesa das Escolas Católicas (APEC).

Para o presidente da APEC, as escolas católicas têm um projeto próprio “com fundamento no pedagogo que é Jesus Cristo e na Sua pedagogia”.

“É uma oferta a que todos têm direito, não apenas aqueles que têm dinheiro para pagar o colégio dos filhos mas mesmo aqueles que, sendo pobres, querem uma educação com determinada matriz de valores para os seus filhos”, destacou o padre Querubim Silva.

O presidente da APEC referiu que o Estado português tem “obrigação” de suportar a “diversidade, a pluralidade” de projetos educativos e o “ensino particular e cooperativo devia ser um parceiro adequado” neste serviço à comunidade.

A formação “Educar (é) Evangelizar?!” decorreu este sábado, no Centro Paulo VI, em Fátima, onde estiveram cerca de 600 participantes de 53 escolas católicas.

HM/CB/PR

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