Responsável pela Comissão Episcopal da Educação Cristã presidiu à Eucaristia da Peregrinação Nacional a Fátima
Fátima, 22 out 2020 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) defendeu hoje em Fátima a valorização das Escolas Católicas, durante a 5ª peregrinação nacional destas instituições à Cova da Iria.
A celebração, na Capelinha das Aparições, com representantes de 20 escolas de todo o país, teve transmissão online, decorrendo forma simbólica e animada nas redes sociais, com o tema ‘EComMaria 2020’.
O bispo de Aveiro falou dos desafios que se colocam à educação e à escola católica, recordando o pacto educativo apresentado pelo Papa Francisco na última semana.
O presidente da CEECDF sublinhou a importância do envolvimento no processo educativo por parte de “todos os que acreditam neste potencial que é preparar o futuro educando hoje”.
D. António Moiteiro salientou que a escola e a educação devem ser sempre “um serviço à família”.
O bispo de Aveiro recordava a propósito, a mensagem para a Semana Nacional da Educação Cristã, a decorrer até domingo, onde a Comissão Episcopal refere que “é necessário fortalecer e apoiar a família como Igreja doméstica”.
“Ela é o sujeito principal da educação”, apontou.
A peregrinação ocorre num momento difícil para muitas escolas católicas, que se debatem com o fim ou a redução do financiamento público ao abrigo de contratos de associação.
Em declarações ao portal ‘Educris’, D. António Moiteiro afirmou que “privar as escolas católicas de apoio é impedir o acesso livre à educação”.
O presidente da CEECDF reagia à decisão dos tribunais que, vieram dar razão ao Estado no corte de financiamento.
“Esta decisão, dos Tribunais, faz com que as famílias da classe média, e a classe média baixa, deixem de poder ter os seus filhos nas escolas não-estatais e isso vai impedir que o elevador social, que deve ser a escola, funcione”, considera D. António Moiteiro.
Para o bispo de Aveiro “a Escola Católica existe para todos”.
“Por isso foram criadas, para que todos tivessem acesso a uma escola livre. O fim das comparticipações estatais pode perigar este objetivo. Pode fazer com que fiquem elitistas porque a educação é uma coisa cara e, deste modo, são os pobres que deixam de ter a ela acesso”, acrescenta.
Em Portugal existem cerca de 144 escolas católicas, do pré-escolar ao 12º ano de escolaridade, que são frequentadas por cerca de 73 mil alunos.
OC