Escolas católicas lideram ranking educativo

O Colégio Nossa Senhora do Rosário, do ensino secundário, e o Externato das Escravas do Sagrado Coração de Jesus, no ensino básico, lideram o ranking das melhores escolas do país.

De acordo com os dados divulgados hoje pelo Ministério da Educação (ME), aquelas duas instituições católicas privadas conseguiram as melhores médias, nas provas realizadas em cada nível de ensino.

Para o director da Associação Portuguesa das Escolas Católicas (APEC), independentemente de estarem inseridas no ensino privado ou no público, “as escolas católicas procuram desempenhar um trabalho de excelência”.

“É preciso desmistificar uma ideia que se cria e que, na maioria das vezes, não é correcta, que é esta: ‘Escola católica, escola privada, escola de elite’”, realça o padre Querubim Silva.

“Há, por um lado, escolas católicas que não integram a rede pública de ensino, não têm acordos de cooperação com o ME, e podem assim “escolher melhor os seus alunos e chegar mais facilmente ao topo das listas”, admite o sacerdote.

“Mas temos de considerar também os muitos estabelecimentos católicos, de cariz público, que abrem vagas para todos os alunos e conseguem, mesmo assim, atingir resultados significativos” sublinha o líder da APEC.

“Este ranking demonstra, sobretudo, que há um esforço global, da comunidade educativa nas escolas católicas, para conseguir resultados, que não são só as notas, porque as competências são muito mais do que a mera demonstração de conhecimentos” conclui o padre Querubim Silva.

A lista do ME contabiliza os estabelecimentos que realizaram 50 ou mais exames: O Colégio Nossa Senhora do Rosário, com 358 provas, obteve uma média de 14,98 entre os seus alunos (numa escala de 0 a 20), repetindo a liderança da lista de escolas com melhores resultados, conseguida no ano passado.

Por sua vez, o Externato das Escravas do Sagrado Coração de Jesus, com 4,22 (média de 0 a 5), com um total de 72 provas, encabeça a lista dos melhores estabelecimentos do ensino básico.

Olhando para os resultados globais, nos exames nacionais da primeira fase do ensino secundário, eles colocam nove escolas particulares e do ensino cooperativo nos dez primeiros lugares do ranking. Apenas três escolas públicas surge no top 25.

De acordo com o vice-presidente da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEPC), estes resultados espelham a estabilidade existente no ensino privado e cooperativo, “com uma aproximação muito grande entre o corpo docente e os alunos, e com condições consolidadas que possibilitam a realização de um bom trabalho”.

Em declarações à agência ECCLESIA, João Muñoz acrescenta que os dados agora publicados confirmam a tendência que se tem verificado nos últimos 10 anos, “acentuando a diferença entre o ensino privado e o público”.

Servem também para apoiar uma ideia que tem sido constantemente defendida pela AEEPC, de que “o Estado, a partir do Ministério da Educação, deveria apoiar mais as famílias, para que pudessem escolher o tipo de escola que querem para os seus filhos”.

“Não só seria mais barato, como traria maior riqueza humana ao país”, conclui o vice-presidente da APEEPC.

Os dados hoje divulgados permitem ver que as melhores escolas estão no Porto, em Lisboa, Coimbra e Braga, mas é nestes grandes centros urbanos que também estão aquelas com pior desempenho nos exames nacionais.

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