Portugal esteve representado pelo presidente das Escolas Católicas e pelo diretor do Secretariado Nacional da Educação Cristã
Lisboa, 12 nov 2019 (Ecclesia) – Os responsáveis das Escolas Católicas de toda a Europa reuniram-se em Malta para debater a questão da “Liberdade da Educação” em contexto europeu.
“A Realidade das Escolas Católicas da Europa é bastante heterogénea, temos situações de parcerias muito interessantes, mas vemos, com algum receio, o surgimento de um conjunto de políticas estatais que ao serem aplicadas vão impedir diferentes narrativas na sociedade”, denunciou Fernando Magalhães, presidente da Associação Portuguesa de Escola Católicas (APEC) ao sítio online da Educação Cristã.
Durante dois dias os líderes das instituições de ensino católico fizeram o “balanço” do estado “da liberdade no sistema de ensino” e denunciaram o que consideram ser “uma tentação do estado de secularizar a sociedade o que levará à construção de uma realidade unívoca”.
Na 94.ª Assembleia Geral do Comité Europeu do Ensino Católico (CEEC) Fernando Magalhães adiantou ainda que a aposta “dos pais e dos alunos numa educação diferenciada” é “crescente por todo o continente” e diametralmente oposta ao que apelidou de “um ambiente de constrangimento à liberdade de educação” que também se sente em Portugal.
“Se olharmos para o modo como o Estado geriu a questão dos contratos de associação e como olha para a existência de parceiros não estatais no ensino percebemos o que se está a passar”, denunciou.
A Assembleia Geral da CEEC apresentou ainda um «projeto de Referencial de Formação para diretores e professores das escolas católicas na Europa» e debruçou-se sobre a convocatória do Papa Francisco para o «Pacto Educativo Global» que Roma vai receber em maio de 2020.
Durante os trabalhos foi eleita a nova equipa executiva e respetiva presidência que passará a ser liderada pela associação Escuelas Católicas que assim sucede à congénere austríaca.
SN