Escola tem vindo a substituir a família e o papel da Igreja

Porque hoje vive-se mais aceleradamente e num espaço mais amplo, reflexo da globalização, Marcelo Rebelo de Sousa diz que há outras exigências e «a escola tem que se adaptar a essa mudança». Esta foi a tónica da conferência “A sociedade Actual: Desafios à Educação e à Escola”, nas I Jornadas Regionais da Escola Católica, que se realizaram na Universidade da Madeira. O conferencista fez notar que enquanto noutros tempos o principal educador era a família, seguindo-se a Igreja e depois a escola, actualmente a educação está na comunicação social e Internet. Dadas estas circunstância, salientou, ainda, que a escola tem a vindo a substituir a família, e tem vindo, de alguma maneira, a substituir o papel que inicialmente era das igrejas. É por isso que a escola no seu relacionamento com a sociedade «tem de compreender e utilizar os novos meios de comunicação social». «Isto é um desfio muito grande, é um desafio que exige uma actualização permanente», destacou Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que, agora, a educação começa mais cedo e dura até ao final da vida. «O papel fundamental da Igreja é por natureza educativo», disse o director do Departamento da Escola Diocesana, organismo organizador destas jornadas. Marco Gomes salientou que a missão da Igreja na educação é ajudar cada pessoa a descobrir-se e, num conjunto de valores, encontrar um projecto de vida. Além disso, as suas estruturas e instituições educativas procuram, não só trabalhar a dimensão cognitiva e intelectual mas, também, «dar um conjunto de valores que ajudem as pessoas a crescer e a encontrar referências para a vida em sociedade». No entanto, entende que há que reconhecer a co-responsabilidade das famílias na educação, bem como é fundamental dignificar os trabalhos dos docentes, melhorar os resultados escolares e dar credibilidade às escolas. Questionado sobre o casamento civil entre homossexuais, Marco Gomes disse que a Igreja defende os seus princípios e valores que, por vezes, «nem sempre são compatíveis». Por isso, entende que cada um deve apresentar e defender os seus valores e decidir aquilo que, em consciência, entende ser o melhor. O bispo da Diocese do Funchal, D. António Carrilho, deixou uma mensagem, sublinhando que «a educação continua a ser uma missão de personalização».

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