Instituição fala em proposta com «elevada qualidade»
Lisboa, 03 set 2019 (Ecclesia) – A Universidade Católica Portuguesa (UCP) reagiu hoje em comunicado às objeções da Ordem dos Médicos à abertura de um curso de Medicina pela instituição, considerando-as “infundadas”.
“Estamos certos de que a proposta da UCP garante uma elevada qualidade do ensino de medicina. No atual contexto nacional, em que é patente a falta de médicos e sobrelotação das atuais Escolas de Medicina, é urgente expandir a oferta formativa, dando liberdade de escolha aos jovens, evitando a emigração forçada e produzindo bons médicos para a população portuguesa”, assinala uma nota enviada à Agência ECCLESIA.
Em causa está o parecer negativo que a Ordem dos Médicos enviou à Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), entidade a quem compete a decisão sobre a criação de uma nova Faculdade de Medicina em Portugal.
A UCP sustenta que a comunicação “coloca em questão esta qualidade, baseada em quatro objeções infundadas”, relativas a horas de contacto com os doentes, número de professores, articulação com os hospitais e à formação em inglês.
“Estamos confiantes, aliás, que a A3ES, cujo pelouro é avaliar e garantir a qualidade do ensino superior no país, reconhecerá a qualidade da nossa proposta”, pode ler-se no comunicado.
A instituição precisa que a nova Faculdade de Medicina da UCP vai aplicar, após adaptações à realidade portuguesa, o currículo da Universidade de Maastricht, com quem tem uma “estreita colaboração”.
“Este currículo, altamente conceituado e considerado pela Comissão de Avaliação da própria A3ES como ‘exemplar’, distingue-se dos currículos tradicionais por ter uma abordagem mais prática e integrada desde os primeiros anos”, indica a universidade.
O projeto foi apresentado em fevereiro de 2017, pela UCP e três instituições parceiras, como o primeiro curso privado de Medicina em Portugal, de dimensão internacional,
O acordo para o desenvolvimento do Campus de Sintra da Faculdade Ciências da Saúde conta com a colaboração da Universidade de Maastricht (Holanda), o Grupo Luz Saúde e o Município de Sintra.
OC
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