Bispo diocesano esteve na comemoração dos 730 anos da instituição académica
Coimbra, 02 mar 2020 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, assinalou os 730 anos da Universidade local, indicando que as instituições têm de “dar as mãos”.
“Coimbra não existe sem universidade e por isso procuramos que todas as instituições e a Igreja de modo especial, que teve ao longo da História uma relação umbilical, procuramos estar presentes”, disse à Agência ECCLESIA.
O responsável católico referiu ainda que é possível “continuar a fazer melhor no futuro”.
“É uma instituição incontornável e pensamos todos que devemos estar de mãos dadas para potenciar tudo o que se faz e pode continuar a fazer ainda melhor no futuro, no sentido de promover a pessoa humana, do progresso, as condições necessárias para que todos tenham uma vida melhor e mais feliz”, indica.
O bispo de Coimbra defende que as instituições têm a sua “autonomia e independência”, mas rejeita que se perca a matriz “humanista”.
As instituições têm, com certeza, autonomia e independência, um modo de estar na sociedade, mas achamos que é importante que não se perca a matriz humanista e o historial tão longo de 730 anos de serviço à comunidade humana em geral mas de serviço a Portugal e ainda mais a Coimbra”.
D. Virgílio Antunes recordou ainda que a Universidade sempre foi um “ponto de ligação ao mundo global” e que a perspetiva da fé não é uma “realidade alheia”, muitos dos que estudam naquela Universidade “se identificam com a fé cristã”, bem como funcionários e docentes, e que a Igreja “se coloca ao serviço”.
“Atualmente é diferente mas há esta vinda de estudantes de muitas nacionalidades e continentes e chegam a Coimbra, a Universidade tem este desejo de proporcionar o melhor ao nível formativo e nós, enquanto Igreja e diocese, procuramos pôr ao serviço, desde o serviço de capelania, o Instituto Universitário Justiça e Paz, para acolher e formar os que se dispõem a isso, e na ação social, temos apoiado muitas pessoas que chegam a Coimbra em situações difíceis”, realça.
O dia da Universidade, que teve lugar na Sala dos Capelos este domingo, ficou marcado pela entrega do Prémio UC 2020, atribuído ao engenheiro civil, economista e político Carlos Moedas, e pela cerimónia de entrega das cartas doutorais aos novos doutores, bem como uma homenagem aos novos jubilados e aposentados.
PR/SN